A genialidade de Frank Ocean explicada através de “Blonde”

Escrito por Fellipe Santos 21/08/2019 às 17:10

Foto: Divulgação
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“Blonde” é uma das obras mais vistas e exaltadas de Frank Ocean, explicaremos o porque.

Há três anos, Frank Ocean lançou um de seus mais impactantes e completos trabalhos “Blonde” um álbum arrepiante do início ao fim, responsável pela nota 9.0 no Pitchfork, um dos sites mais conceituados na área de reviews de discos.

Um dia antes de Blonde chegar nas ruas, os fãs ficaram fixados assistindo uma transmissão ao vivo do artista, no qual o próprio aparecia preso, construindo uma escada. Quando a construção chegou ao fim, Frank liberou seu mais novo trabalho visual -na época- intitulado de “Endless”, que marcou o fim de seu contrato com a gravadora Def Jam.

“Endless” é um trabalho tanto quanto subestimado e o motivo disso é que por conta do fim de seu contrato com a Def Jam, Frank Ocean não disponibilizou o álbum no Spotify -por exemplo-, sendo assim, um material não tão fácil de encontrar.

Quando lançado no YouTube, os títulos das músicas não estavam disponíveis na plataforma, levando o público a ter que ficar avançando a linha do tempo de reprodução do álbum (que tem mais de uma hora) para achar a música desejada. “Blonde” por outro lado, é uma das obras mais vistas e exaltadas de Frank Ocean, e explicaremos o porque a seguir.

Musicalmente, o disco é excelente mas o que mais o que mais chama a atenção foi o contexto em que “Blonde” foi lançado. Poucas horas antes de seu grande lançamento, Frank Ocean lançou o “Endless. Pouco mais de um dia, ele finalmente dá a sua jogada de mestre lançando o “Blonde”, rindo da indústria musical e lucrando com seu próprio talento. Como Frank Ocean lançou “Blonde” de forma independente, a maior parte dos lucros do álbum foi diretamente para sua conta bancária.

Enquanto nós seguimos ouvindo e admirando a obra de arte que é o “Blonde”, Frank se mantém reservado dentro de sua casa, postando fotos esporádicas de tempos em tempos em seu Instagram. Seu uso moderado das redes sociais, curiosamente, pode ser associado ao sucesso de Blonde.

Mesmo depois de três anos, “Blonde” ainda é muito bem recordado. O álbum é experimental, com efeitos vocais, profundidade, pitch e muito mais. Frank sem dúvida fez mais por si do que qualquer outra pessoa em 2016. Este álbum define como Frank Ocean é como artista: um homem imperfeito, apaixonado e relativamente destemido que vive seu trabalho.

Antes de “Blonde”, Frank já vinha dando indícios de como se sentia, como nos “Pyramids” de nove minutos do clássico Channel Orange. Beyoncé e Yung Lean são algumas das contribuições ocultas para o efeito de longa duração nas músicas como “Nights” e “White Ferrari” pode nos mostrar Blonde como uma obra-prima. Três anos depois, o disco ainda soa tão bem quando foi lançado.

Ouça “Blonde” abaixo:

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