Akira Presidente fala sobre importância do seu novo disco na vida da sua filha

Tivemos uma conversa exclusiva com o rapper durante o Festival Piramide Perdida.

Akira Presidente, um dos fundadores do Pirâmide Perdida, lançou em 2017, seu disco “FA7HER”, considerado um dos melhor daquele ano. O rapper vem aumentando cada vez mais sua popularidade, conquistando assim uma base de fãs sólida, que vinha o encorajando e lhe dando apoio para que o rapper soltasse mais um disco neste ano.

“Nandi” vem com uma proposta de amadurecimento de ideias por parte de Akira. Um disco leve e sentimental, que o rapper explicou melhor seu conceito em uma breve conversa com a nossa equipe, antes de sua apresentação no Festival Pirâmide Perdida.

“Nandi” surge da vontade de Akira fugir do óbvio, mas ainda sim, continuar sentindo uma evolução em seu trabalho, utilizando uma linguagem própria. Uma das grandes satisfações do rapper, foi ver que todos que estavam evolvidos no projeto, se empenharam ao máximo para ver a visão do disco se concretizando, mesmo tendo uma ideia bastante diferente de tudo que já havia feito.

As composições de “Nandi” surgiram quase que todas de uma forma diferente, tendo o processo de composição iniciado a partir do refrão e os versos surgindo em quase que em freestyle, com Akira colocando todos os seus sentimentos, na forma mais pura, em cada linha. “Digamos que o disco é composto por duas partes: Uma parte experimental, e a outra parte sentimental. Então não tive muitas travas. Tentei me deixar bem livre para construir ele, e vir lapidando no final”, disse o rapper a nossa equipe.

O disco pode se entendido como um quebra-cabeça. Apesar das 10 faixas serem distintas, se conectam, tendo essa conexão feita por complementos de ideias no decorrer das faixas. “Conseguimos construir um caminho através dessas 10 músicas, para que eu pudesse contar a história e ela ser bem entendida em cada uma delas. E perceber que elas juntas formam o “Nandi”: aquilo que eu acredito para o meu estilo de vida, com a melhor maneira de criar a minha filha”

Durante a entrevista com Akira, perguntamos a ele qual influência terá o projeto na vida de sua filha Nandi quando ela for mais velha.

“Quando eu comecei a escrever o “Nandi”, foi com essa preocupação do “FA7HER”, que apesar de ter sido um disco que adorei fazer, é um disco que fala de ódio. Que eu vou matar e morrer pela minha filha, e hoje com o “Nandi”, eu vejo que eu tenho que ficar vivo para ela. Então esse disco é para ensinar ela no futuro. Ensinar cada passo, cada momento. Talvez se ela se sentir meio na dúvida com vida dela, ela ter um disco que possa falar pra ela. Eu quero ficar com ela o máximo que eu puder, e o quanto Deus permitir. Então esse disco será uma forma fácil de me acessar. Esse disco é o meu legado.”

Dentro de suas 10 faixas, o disco conta com três participações: Baco Exu do Blues, BK e sua esposa, e mãe de Nandi, Ainá, que integra a faixa “Ela Sobe, Ela Desce”. Akira afiram que todas as participações do álbum, fizeram toda a diferença para o resultado final do projeto, não só pela participação em si, mas por toda a ajuda que ofereceram durante o processo de criação.

Confira nossa matéria sobre o lançamento de “Nandi” aqui e escute o ultimo álbum de Akira Presidente nas principais plataformas de streaming.

 

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