Música, que já nasce com ares de clássico do rap, fala sobre cotidiano violento, mas traz mensagem de amor e esperança
O 509-E é uma das grandes entidades do rap nacional. Mesmo inativo por quase 20 anos, o grupo carrega números milionários de plays nas plataformas de streaming com seus clássicos. E uma nova canção, que chega no dia 3/12, traz ares de clássico instantâneo para o grupo e o gênero. “A Segunda Chance”, que chega acompanhada de clipe, vem com batidas firmes, reverências a soul music na produção e vocais e versos afiados de Afro-X e Bad. “A Segunda Chance” conta com produção de DJ Pantera e vocais de Samuel.
“A Segunda Chance” fala sobre o cotidiano violento, mas vem como mensagem positiva, abre portas e impacta o ouvinte pela associação e relação afetiva dos irmãos Afro-X e Bad. Os planos do grupo são grandes. “A Segunda Chance” é apenas o primeiro dos nove lançamentos que estão previstos até abril de 2022. Nas próximas músicas, o grupo promete surpresas como feats. com artistas da nova geração do funk e do trap.
Mais experiente, o 509-E conversa de maneira mais efetiva com as ruas e, principalmente, com os jovens, que descobriram o grupo a partir do streaming e da turnê de retorno, realizada em 2019. O grupo aproveita o lançamento do clipe de “A Segunda Chance” para comemorar os mais de 100 mil inscritos no canal oficial do YouTube. Na imagem à direita, Afro-X e Bad exibem a placa comemorativa enviada pela plataforma. O clipe de “A Segunda Chance”, que chega ao canal no dia 3/12, tem direção de Caio Canine.
O rapper, escritor e educador social Cristian de Souza Augusto, conhecido também como Afro-X nasceu em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, e foi criado no bairro periférico do Jardim Calux. Sua vida se assemelha a de vários jovens negros espalhados pelas comunidades de todo Brasil: sem perspectivas. Mas através da cultura hip hop encontrou a ferramenta para o protagonismo e resgate da autoestima ampliando seus horizontes com sua arte. É um dos fundadores do grupo 509-E, número da cela que ocupou no Carandiru.
Já Bad, Cleiton de Souza Augusto criou, ainda no final dos anos 1980, com seu irmão, Afro-X, e Denis Buiu, o grupo Suburbanos, que se tornou conhecido na região do ABC paulista e deu base para o reconhecimento no cenário nacional. Após a prisão de Afro-X, Dexter o convida para formar o Tribunal Popular e ele assume o grupo logo depois da prisão de Dexter.