Letalidade cai 85% nos batalhões da PM que usam câmeras corporais em SP

André Bernardo
2 Min Read

Polícia de São Paulo adotou medida que vem fazendo efeito

As mortes cometidas por policiais militares de São Paulo despencaram em todos os 18 batalhões que passaram a utilizar câmeras acopladas ao uniforme dos agentes Entre junho e novembro do ano passado, os batalhões registraram 14 mortes por intervenção policial contra 110 nos seis meses anteriores à implementação do programa.

De acordo com os dados divulgados pelo jornaFolha de S. Paulo, de 1º de junho a 31 de dezembro de 2021, houve 17 mortes decorrentes de intervenção policial nesses batalhões. Já em 2020, em igual período, foram 110. Em 2019, também no mesmo intervalo, a Corregedoria registrou 165 mortes, uma queda de 90%. O batalhão da Rota, unidade de elite da PM e, até começo do ano passado, uma das mais letais da corporação, faz parte das unidades que passaram a usar câmeras. Segundo os dados oficiais divulgados pelo jornal, na Rota o número de mortes caiu 89%.

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Ao contrário de outras versões, essas câmeras permitem gravar o turno completo do policial sem a necessidade de acionamento manual. A tecnologia também impede que o policial desligue a câmera durante a operação. Em caso de necessidade, a PM pode resgatar o arquivo e analisar as imagens.

O major Rodrigo Cabral, porta-voz da PM, diz que a redução da letalidade na PM paulista não pode ser atribuída apenas ao uso das câmeras, mas sim a um conjunto de medidas implementadas pelo comando da corporação.

“Nas demais unidades, que ainda não utilizam as COPs [câmeras corporais], também verificamos uma redução acentuada da letalidade”, disse.

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