Comunidade Congolesa no Brasil solta nota de repúdio após assassinato de Moïse Mugenyi Kabagambe

André Bernardo
2 Min Read

Moïse Mugenyi Kabagambe havia fugido do seu país por causa da guerra civil

Dois policiais militares do 31º BPM (Recreio), que atenderam à ocorrência do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, contaram em depoimento na Delegacia de Homicídios da Barra (DHC), que testemunhas relataram “que dois homens perseguiram a vítima que fugia correndo pela areia, quando na subida do quiosque Tropicália, o mesmo foi alcançado, onde apanhou com um porrete, e a vítima gritava, pedindo para não o matarem”.

A comunidade congolesa no Brasil divulgou uma carta de repúdio afirmando que Kabagambe foi espancado por cinco pessoas, entre elas o gerente do quiosque, com um taco de baseball. “Esse ato brutal não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas contra os estrangeiros”, começa a nota de repúdio, lembrando que o Brasil é signatário de convenções que garantem a proteção dos direitos humanos.

- Advertisement -

“Por isso exigimos a justiça para Moise e que os atores do crime junto ao dono do estabelecimento respondam pelo crime! Combater com firmeza e vencer o racismo, a xenofobia, é uma condição para que o Brasil se torne uma nação justa e democrática”, finaliza.

A perícia no corpo de Kabamgabe indica que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente, segundo informação do portal G1. O laudo do IML diz que os pulmões de Kabamgabe tinham áreas hemorrágicas de contusão e também vestígios de broncoaspiração de sangue.

A Polícia Civil afirmou que está investigando o caso, que foram realizadas perícias no local e análises de imagens de câmeras de segurança para apurar o crime e identificar os responsáveis.

Compartilhar a notícia