Ludmilla se mostrou frustrada com os grandes ganhos das gravadoras.
Nesta quinta-feira (13), a cantora Ludmilla participou de um painel da Rio2C e revelou que acabou recusando uma proposta para assinar com a gravadora e gerenciadora de carreira Roc Nation – selo que gerencia carreiras de grandes artistas como Rihanna e Alicia Keys – de propriedade do rapper Jay-Z, marido de Beyoncé a qual a artista brasileira é fã declarada.
A cantora disse ao painel que há muito tempo recebe ofertas para ingressar no mercado musical por grandes empresários e, entre eles, da conceituada Roc Nation, mas ela acabou desistindo da ideia. “Até a Roc Nation, que é da minha diva maior, a Beyoncé, já veio atrás de mim e eu não assinei, porque os interesses deles não estavam ornamentando como o meu em uma época”, explicou Ludmilla.

Como destaca o Folha: A cantora revelou também que se frustrou com o desempenho do seu último álbum, “Vila”, que ficou abaixo de projetos anteriores, como o “Numanice”. Lud diz que tem um plano para tentar levar o projeto ao sucesso. Para isso, vai gravar ao vivo a maior parte das músicas do disco. “Eu não estava preparada para lançar, mas apareceu uma oportunidade de marketing, nós ficamos focados e esquecemos que ele não estava completamente do jeito que eu queria”, disse Lud.
“Lançamos sem os profissionais prontos para fazer o que eu gostaria de ter pronto. Ai cai naquele lugar de ‘caramba, que frustrante. Porque meu álbum não foi do jeito que eu gostaria, confiei em outra pessoa e não na minha intuição”, afirmou a cantora. “Tivemos que quebrar a cara com esse lançamento. Com essa loucura do streaming, você tem que estar no top não sei o quê. Você acaba se cobrando demais.” Continuou.
A cantora afirmou que tentou se aprofundar em técnicas vocais para “falar de sentimentos mais profundos”, e que talvez o disco não seja “música feita para o TikTok”, disse Ludmilla. “Mas a gente também quer alcançar o streaming, então estamos recalculando.” Contudo, ela defendeu relativizar a importância do streaming como única medida de sucesso. “Já cheguei a lugares em que a galera não sabia cantar músicas que estavam bombando no streaming. Mas a indústria cobra isso. Será que chegou a hora de eu ficar me cobrando isso?”
Ludmilla contou que, com “Vila”, aconteceu o contrário do que com o sucesso “Numanice”. “Quando botei o ‘Numanice’ na mesa, falaram ‘tá louca?’. ‘Nem tem mulher fazendo pagode. Vai fazer show para quem tocando pagode?’ Falei que eu gosto de fazer coisas novas e estava cheia de músicas de amor que eu não conseguia colocar batida de funk. O pagode está enraizado em mim”, afirmou.
Ela disse ainda que bancou do próprio bolso o primeiro DVD de “Numanice”. “No fim das contas, todo mundo ganha. Eles [a gravadora] mais do que eu. Fiz esse sacrifício pelo meu sonho. Agora que consegui me firmar, não vou largar nunca mais o pagode”, disse.