Projeto de escola de Funk em São Paulo pretende atender 1,2 mil pessoas anualmente.
O Ministério da Cultura (MinC) autorizou o projeto “Escola de Música e Funk” a buscar R$ 2,5 milhões com um patrocinador, que poderá descontar esse valor dos seus impostos, segundo regra da Lei Rouanet. O patrocínio, no entanto, ainda não foi feito.
O realizador é o Instituto DZ7, que se originou no baile em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. O criador é Raul Nunes, dono do ClubDZ7, na rua do evento, e de uma gravadora de música na região.
A equipe visa dar cursos de produção musical, canto, edição de vídeo, composição, dança, informática, design e empreendedorismo para jovens periféricos. Caso o valor liberado seja captado, o projeto se inicia em 2025 com a construção de duas unidades escolares em Paraisópolos e Heliópolis.

A previsão é que 1,2 mil pessoas de 14 a 25 anos de idade sejam atendidas anualmente, ajudando os formandos a se tornarem profissionais do setor cultural. O foco se dará ao funk consicente e outros ritmos populares nas periferias, como o trap, pagode e piseiro.
O Baile da DZ7, há bastante tempo, vem sofrendo com ações policiais abusivas que têm se intensificado nos últimos meses. Em 2019, o bairro foi alvo de um massacre que causou a morte de 9 pessoas durante uma operação que durou menos de 30 minutos.
Recentemente, as ações vêm ocorrendo justamente aos finais de semana, quando o evento acontece – impedindo a realização do mesmo.
Relatos de moradores informados pela revista digital Lista Preta mostram que as autoridades costumam preparar operações que fecham as ruas da festa cultural com a justificativa do “combate ao tráfico e a violência”.