Puterrier disse ainda que as gravadoras do Funk que estão apoiando os ‘pseudopolíticos de direita’ visam o dinheiro.
Após grandes nomes da cena como Djonga, Filipe Ret e MC Hariel, Puterrier decidiu também se posicionar a respeito da atual polêmica política com o funk e o rap nacional. “A novidade, agora, são as gravadoras de funk apoiando pseudopolítico de direita que repudia tudo que vem da favela”, escreveu o MC.
“Um lado afim de manipular a massa através dos jovens de periferia e conseguir voto e o outro lado com a mente no cifrão e ‘esquecendo’ a virtude do movimento… bagulho triste e revoltante! Um cara que já falou exatamente com essas palavras que quem escuta funk e rap é um ‘futuro estuprador e assassino'”, disse o autor de hits como “Marolento” e “Putaria 2000“.
O artista carioca, na sequência, refletiu como muitos ‘esquecem’ de onde vieram ao conquistarem fama e dinheiro. “É até clichê falar que o sonho do oprimido é ser o opressor, mas é isso… Só melhorar de vida que a maioria esquece suas raízes e qual o real intuito dessa porr*!”, afirmou.

“Não existe rap de direita e nem funk neoliberal! O ser humano é imperfeito, logo, música também. Uma coisa é você cantar sobre ostentação, mas na hora de ir contra o sistema fascista e explorador é obrigatório”, ressaltou.
Puterrier complementou explicando como a baixa classe social é vista na mencionada ideologia política. “Pra quem não sabe o que eu tô falando: no neoliberalismo, pobres são o mal do progresso; não o efeito colateral do próprio, e sim da sua ‘essência distorcida'”, pontuou.
“Desde os anos 90, essas porr*s tentam ‘combater o funk’ com discurso de alienação disfarçado de racismo. Todo respeito, quem pegou a visão sabe que nós não podemos fechar com o errado”, concluiu ele.
Veja abaixo:
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— Puterrier 🎈 (@puterrier_) August 18, 2024