Rappers e produtores discutem ‘sonoridade repetitiva’ de artistas do Rio de Janeiro com batidas de piano

Rodrigo Costa
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Fotos: Reprodução/Instagram

Caio Luccas refletiu que é preciso ‘entender toda a história da cidade para entender o trap do RJ’.

Surgiu um debate no X (antigo Twitter) na última terça-feira (20) após o produtor musical e engenheiro de mixagem Drakoz ironizar a sonoridade do trap do Rio de Janeiro. “Bom dia, trapper do RJ. Já fez seu beat com o beat de piano, que começa com hihat, rim e o 808 batendo no contra tempo hoje? Já são 14 horas, hein”, escreveu ele.

Diante disso, iniciou-se uma polêmica repercussão em torno do assunto, com os cariocas defendendo seus lados. “Nós nunca falaria mal de música cultural de lugar nenhum, mas vocês podem, né?! Eles iriam ter que entender toda a história da cidade pra entender o trap RJ. É desrespeito falar mal do trap RJ”, rebateu Caio Luccas.

Outro rapper a expressar não ter concordado com a crítica levantada foi QTZ Tivityn. “Você fala como se no RJ só existisse esse tipo de música. Você não pode colocar o movimento inteiro do estado em uma frase. Eu não faço o estilo que você fala e sou talentoso pra caralh*, talvez até mais que todos os artistas que você já trabalhou do gênero nacional trap, e sou do RJ”, opinou.

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Fotos: Reprodução/Instagram

Enquanto isso, uma parte do público ressaltou que a dimensão da cena deve ser lembrada. “Aqui é o império do trap brasileiro. Enquanto no Nordeste todo tem Matuê, Teto, WIU e Baco, só aqui no RJ tem Filipe Ret, Orochi, Tz da Coronel, Caio Luccas, Chefin, Oruam, Borges, L7NNON, LEALL… É muito artista grande em um espaço pequeno e com influências parecidas (funk rj e etc)”, comentou um internauta.

Artistas que o produtor que levantou o debate trabalha também foram criticados. “O meu é flauta e violão, mas a referência é country [risos]. E aí, já botou os preset do Don Toliver pro WIU soltar a boa?”, questionou um usuário.

“Fod* que a 30[PRAUM] também não tá inovando muito tem um tempo, Drak. Olha que sou muito fã de vocês, mas parece que tô ouvindo uma versão dublada de artista gringo sempre. Referência tá muito longe de cópia. RBN, Boomzin, Sucrilhos, M4 e etc eram orgânicas, apesar da fonte gringa; agora é ctrl-c + ctrl-v total”, refletiu um fã.

Veja abaixo:

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