Filipe Ret lança disco sem participações e com versos intensos e reflexivos.
O rapper Filipe Ret, sempre um passo à frente na cena do rap e do trap nacional, entrega em “Nume”, um de seus projetos mais ambiciosos e introspectivos. O sétimo álbum de estúdio do rapper chega hoje (14) nas plataformas digitais prometendo uma experiência musical profunda e madura.
Composto por 15 faixas autorais, o disco conta com apenas uma colaboração especial: o artista Maru2D na faixa “Acima de Mim Só Deus”. O lançamento é uma parceria entre Som Livre, Elemess e Nadamal, três potências que têm acompanhado a evolução de Ret.
“Nume“, cujo nome deriva da palavra latina para divindade ou poder sagrado, representa o fechamento de uma trilogia iniciada com “Imaterial” (2021) e seguida por “Lume” (2022). Segundo o próprio Ret, o álbum é uma conclusão simbólica de um ciclo que integra o sagrado e o profano de sua trajetória.
“Nume completa minha trilogia ‘etérea’ de discos”, explica o rapper. “Representa a fase madura, onde eu integro o sagrado e o profano que tenho em mim, ambos convivendo de forma equilibrada como a força da natureza. É meu núcleo intocável, incorruptível, que me trouxe onde estou. O modo evoluído de um espírito rebelde.”
Filipe Ret optou por um caminho ousado em “Nume”: dispensar participações de outros artistas, uma escolha rara no cenário atual, onde colaborações são cada vez mais comuns. Para ele, essa decisão é carregada de um propósito filosófico.
“Ao contrário do que temos visto na cena do rap e do trap, não ter feats foi uma questão muito defendida por mim, justamente para manter uma integridade filosófica desse momento que eu estou vivendo”, afirma. Essa abordagem busca explorar ao máximo suas próprias percepções e emoções, criando uma obra profundamente pessoal e autêntica.
A sonoridade do álbum é construída em colaboração com três beatmakers que refletem diferentes momentos da carreira de Ret: MãoLee, parceiro desde os primeiros passos; Dallass, uma adição mais recente; e Marquinho no Beat, que traz uma nova camada à produção. Essa combinação de talentos permite que “Nume” transite entre o boombap clássico e o trap, trazendo uma diversidade de batidas que servem de pano de fundo para o lirismo afiado do artista.
O álbum é repleto de versos intensos e reflexivos, alinhando boombap e tra* com um propósito maior: expressar uma visão do mundo que mescla o divino e o humano. Para Filipe Ret, essa nova fase representa um ponto de não retorno em sua trajetória musical.
Um detalhe que torna “Nume” ainda mais especial é sua capa, fotografada pelo próprio filho de Ret, Theo, de apenas 7 anos. Durante as gravações dos visualizers das músicas, Theo capturou um retrato íntimo do pai, que olha diretamente para a câmera, em uma expressão que mistura memórias, sonhos e desafios. “Foi um momento de sintonia entre arte e família”, revela Ret, destacando que o gesto reflete o caráter pessoal e reflexivo do álbum.
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