Artista coloca toda sua ancestralidade em foco em seu trabalho de estreia produzido vencedores do Grammy.
O cantor pernambucano Léo da Bodega lançou nesta quinta-feira (24) seu álbum de estreia, “Botija“, uma obra que celebra as raízes culturais de Olinda, mesclando tradição e modernidade. No disco, ele resgata elementos tradicionais da cultura pernambucana como o Maracatu, a Ciranda e o Cavalo Marinho, unindo-os a influências contemporâneas, como o rap
Produzido por DMAX, indicado ao Grammy e conhecido por colaborações com Vitão e Projota, e pelo trio Los Brasileros, vencedor do Grammy com Karol G, o álbum conta com a faixa de destaque “Dejavú“, que reflete as influências urbanas e populares que permeiam o trabalho.
Para o artista, o álbum é uma homenagem a Olinda e um “resgate das raízes” de sua terra natal. O título, inspirado no “botija” — um artefato de barro associado a superstições de tesouros escondidos — reflete essa mistura entre tradição e misticismo, temas centrais do álbum. Entre as colaborações especiais estão As Filhas de Baracho, figuras icônicas da Ciranda, e os Mestres Lilo e Micael Silva, novos nomes da cultura pernambucana.
“Botija” traz uma sonoridade que honra o passado, ao mesmo tempo em que dialoga com o presente. Segundo Léo, a ideia é valorizar a cultura popular pernambucana, equilibrando tradição com uma sonoridade moderna e envolvente.
A faixa “Dejavú”, composta por Léo e DMAX, inaugura o álbum com um videoclipe gravado nas ruas de Olinda. A música explora o papel da intuição e dos sinais da vida, abordando a realidade de jovens que vivem em contextos desafiadores. Léo da Bodega, inspirado por vivências pessoais, usa a canção para abordar a busca por orientação espiritual, onde a intuição age como um “dejavú” que ajuda a evitar caminhos adversos.
O videoclipe, dirigido por Flora Negri, Analu e pelo próprio Léo da Bodega, retrata a vida dos jovens olindenses, mostrando-os montados a cavalo pelas ruas da cidade. Segundo o artista, a proposta é capturar um lado menos explorado da juventude local, combinando a arquitetura histórica de Olinda com o cotidiano moderno da comunidade.
Negri e Analu, que já colaboraram com nomes como Siba e Chico César, trouxeram ao projeto uma estética realista que reflete o estilo de vida dos jovens pernambucanos.
Com “Botija”, Léo da Bodega não só apresenta sua estreia musical, mas também fortalece o elo entre passado e presente, mostrando como a cultura de Olinda continua viva e vibrante através de uma sonoridade contemporânea.