Caso R. Kelly: juíza determina que royalties do cantor sejam usados para pagar indenizações

Escrito por Felipe Mascari 24/08/2023 às 16:30

R Kelly Foto: Divulgação

R. Kelly foi condenado por extorsão e exploração sexual de menores.

Os royalties de R. Kelly que chegavam a mais de US$ 500 mil, e que guardados pela Universal Music Group, deverão ser entregues às suas vítimas de abuso sexual. A decisão foi proferida pela juíza distrital dos EUA, Ann Donnelly. A magistrada assinou uma ordem, na última quarta-feira (23), ordenando que a gravadora musical entregasse o dinheiro para que as restituições às vítimas fossem pagas.

A juíza Donnelly ordenou anteriormente que R. Kelly entregasse também quase US$ 28.000 em sua conta de presidiário e aplicasse isso às multas não pagas. A magistrada norteamericana também aplicou as multas a Kelly em 2022, quando condenou o cantor de R&B a 30 anos de prisão por extorsão e exploração sexual de menores.

FOTO: REPRODUÇÃO

Em julho deste ano, documentos judiciais obtidos pelo HipHopDX revelavam que o Tribunal dos Estados Unidos no Distrito Norte de Illinois emitiu uma ação, que é conhecida como citação de terceiros, para descobrir os ativos do cantor que estava em posse da Universal Music Group em maio. No final das contas, o cantor tinha US$ 567.444,19 em royalties não pagos, que a Universal foi obrigada a entregar.

Ainda no mês passado, os promotores do Brooklyn, em Nova Iorque, entraram com um pedido de penhora contínua, movido pelos credores – neste caso, o governo, agindo em nome das vítimas de R. Kelly – contra os devedores (as gravadoras de R. Kelly) para cobrar o dinheiro devido em um julgamento.

R. Kelly foi condenado separadamente em um caso federal de pornografia infantil em Chicago e sentenciado a 20 anos, a maior parte dos quais será executada simultaneamente com a sentença no Brooklyn. O cantor está atualmente em uma prisão federal em Butner, Carolina do Norte. Não está claro se ele tem um advogado que o representa.

Os advogados de Kelly reclamaram no ano passado que os promotores federais tomaram a medida “sem precedentes” de confiscar a conta do cantor na prisão, argumentando que não conseguiram provar que R. Kelly não pagou multas e restituiu suas vítimas. Mais tarde, o juiz rejeitou o argumento de que os promotores agiram prematuramente quando congelaram tudo, exceto US$ 500, na conta do presidiário de Kelly.

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