Pastor André Valadão diz que Deus ‘odeia o Orgulho’, em referência à comunidade LGBT+ e gera revolta

Escrito por admintemporary 06/06/2023 às 10:00

Foto: Divulgação
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Líder religioso provoca polêmica ao afirmar que “Deus odeia o orgulho”

O pastor André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, gerou controvérsia ao publicar uma mensagem nas redes sociais com uma afirmação polêmica. Em sua postagem, Valadão declarou que “Deus odeia o orgulho”, referindo-se à comunidade LGBTQIA+. A frase foi acompanhada por letras pintadas com as cores do arco-íris, símbolo da diversidade sexual e de gênero. “A tendência de quem peca é se esconder e não ‘sair do armário’, porque pecado gera falta de paz e medo das consequências”, alegou Valadão.

Ao acrescentar a legenda, o religioso reforçou sua postura contrária à comunidade LGBTQIA+. Ele afirmou que considera o mês de junho, dedicado às reivindicações de direitos e respeito à diversidade, como o período em que “Deus mais repugna na humanidade”. Essa declaração se alinha à agenda anti-LGBTQIA+ defendida por Valadão.

Valadão não é novato em manifestações incisivas contra a comunidade. Em uma de suas pregações, ele destacou o tratamento que, segundo ele, o Espírito Santo dá à “promiscuidade”.  “Olha como o Espírito Santo trata a promiscuidade”, disse em uma pregação. “Hoje você vê um debate de um homem que se sente mulher [e quer] competir em competições femininas. Eu vi esses dias um vídeo uma manifestação na Europa de pessoas que se sentem cachorros, de quatro, latindo na rua.”

O pastor ganhou destaque durante a campanha eleitoral de 2022 ao demonstrar seu apoio à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa postura política alinhada ao governo Bolsonaro também tem sido alvo de questionamentos e debates.

Em resposta às declarações de Valadão, a deputada federal Erika Hilton (Psol) apresentou uma notícia-crime ao Ministério Público de Minas Gerais. A parlamentar acusa o religioso de cometer LGBTfobia e destaca que, caso seja comprovado, ele poderá ser condenado a uma pena de até 7 anos e 6 meses, considerando a nova causa de aumento de pena estabelecida pela legislação em casos que ocorram “em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação” (Lei 7.716/89 c/c Lei 14.532/2023).

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