Caio Luccas ressaltou a hipocrisia em seus versos.
Na última terça-feira (20), o produtor musical e engenheiro de mixagem Drakoz fez uma publicação em seu perfil no X (antigo Twitter) ironizando a sonoridade do trap do Rio de Janeiro. “Bom dia, trapper do RJ. Já fez seu beat com o beat de piano, que começa com hihat, rim e o 808 batendo no contra tempo hoje? Já são 14 horas, hein”, escreveu ele.
A postagem fez com que um debate em torno do assunto se iniciasse nas redes sociais, com nomes da cena como Caio Luccas, QTZ Tivityn e Tz da Coronel se posicionando. Levando o caso para a prática, o rapper membro da gravadora NadaMal e fundador da Nova Moda mostrou em seus stories do Instagram na noite passada que esteve gravando uma diss abordando a situação.
“Não fala do trap RJ / Não sabe o que passa aqui / Eu vi um cenário de guerra e vocês falando de lean / Nunca pisou na favela, nunca viu o traçante voar na sua janela / Nunca viu os cana subir em dia de opera / Coisas que tu não pode falar, porque é só nós que vive / Vendo as carga chorar e as armas de alto calibre / Porque qui nós não aceita mancada / Então cuidado com o que fala / Porque os cria tá cheio de ódio e se tiver mandado, nós manda pra vala / Ultimamente só ando pensando em mim“, canta o artista carioca na prévia.
Caio Luccas havia comentado que é preciso conhecer o contexto regional para entender o trap carioca. “Nós nunca falaria mal de música cultural de lugar nenhum, mas vocês podem, né?! Eles iriam ter que entender toda a história da cidade pra entender o trap RJ. É desrespeito falar mal do trap RJ”, afirmou.
“Os caras vêm falar do beat tape do trap RJ, aí é fod*. Respeita a porr* do trap RJ. F*da-se seu hit, seu dinheiro… nós somos crias. Agora quer ditar o trap RJ? Dita forró nessa porr* que não é daqui, é daí. Hit que é varios beat que nós já vimos no canal do Houboy”, disse ele em um post seguinte.
Outro artista da NadaMal a se posicionar foi produtor Dallas, que escreveu: “Experimenta jogar uns hits na pista antes de vir ‘ditar regrinha’ aqui no Twitter, pô. Se tá falando de beat, tem que mostrar beat”.
