A adolescente que filmou o assassinato de George Floyd foi formalmente premiada por sua coragem.

A adolescente que filmou o trágico assassinato de George Floyd em maio, Darnella Frazier, 17, acaba de receber um prêmio por sua coragem. Embora a gravação do vídeo posteriormente tenha resultado em consequências pessoais, como ter que procurar terapia, acabou gerando um necessário movimento anti-racismo mundial. Por isso, ela recebeu o prêmio 2020 PEN / Benenson Freedom of Expression Courage durante o PEN America Virtual Gala na noite de terça-feira.

O renomado diretor de cinema, Spike Lee, presenteou Frazier com o prêmio e comemorou sua habilidade de filmar o incidente profundamente perturbador do começo ao fim, quando aqueles 10 minutos de gravação eventualmente reverberaram uma mensagem importante ao redor do mundo. A CEO da PEN America, Suzanne Nossel, também elogiou a adolescente de Minneapolis por sua “coragem excepcional”.

“Com nada mais do que um telefone celular e pura coragem, Darnella mudou o curso da história neste país, desencadeando um movimento ousado exigindo o fim do racismo e da violência sistêmica nas mãos da polícia”, disse Nossel em um comunicado. “Sem a presença de espírito de Darnella e prontidão para arriscar sua própria segurança e bem-estar, talvez nunca tivéssemos sabido a verdade sobre o assassinato de George Floyd. ”

Depois de receber o prêmio, Frazier explicou que os eventos que aconteceram este ano após sua gravação não foram nada como ela poderia ter imaginado. “Eu nunca teria imaginado em todos os meus 17 anos de vida que isso seria eu”, disse ela. “É muito para absorver, mas não poderia agradecer o suficiente por tudo que está vindo em minha direção. Todos estão me perguntando como eu me sinto Não sei como me sentir, porque é tão triste, mano “, acrescentou ela em meio às lágrimas. “É tão traumatizante.”

Darnella Frazier era uma estudante do segundo grau que viu a polícia fazendo algo que ela sentiu que deveria documentar. Sua filmagem dos últimos momentos de George Floyd foi crítica para abrir acusações contra a polícia e lançar um movimento mundial.

A jovem de 17 anos estava chorando quando voltou à cena onde Floyd perdeu a vida. “Eles mataram esse homem! E eu estava bem ali! Estava a um metro e meio de distância!” Darnella disse. Ela não poderia ter previsto que o vídeo que postou no Facebook naquela noite geraria enormes protestos em todo o mundo.

“Eu a chamo de Rosa Parks de sua geração, porque, como Rosa Parks, ela não estava procurando fazer barulho”, disse o advogado de Darnella, Seth Corbin. Ele a descreveu como uma adolescente normal “com um namorado e um emprego no shopping”.