Artista Maxwell Alexandre faz exposição em Madrid e convida familiares dos rappers BK’ e Akira Presidente

Após estrear a exposição Novo Poder em 2018, junto ao lançamento do álbum Gigantes, de Abebe Bikila, que conta com a capa feita por Maxwell, o artista vem propagando as suas ideias através de pinturas em diversos e importantes museus, como em Nova York e Paris, nos últimos meses. Chegando desta vez na Espanha, o artista da Rocinha leva a sua primeira mostra solo no país; Novo Poder: passabilidade. A exposição gratuita estreou na última quinta-feira (2), às 19h local, na La Casa Encendida, um centro sociocultural da Fundação Montemadrid, que busca propagar cultura, meio ambiente, educação e solidariedade.

Aprofundando-se na ideia de incluir a comunidade negra nos templos dedicados à contemplação da arte contemporânea; como galerias, museus, centros e fundações que mostram personagens negros que vagam por cubos brancos — ou salas de exposição — com atitudes e posições de poder; Maxwell Alexandre levou consigo alguns familiares dos rappers BK’ e Akira Presidente, grupo que mantém uma prazerosa sintonia e admiração entre si, devido às lutas de cada um em seus meios de atuação.

O carioca Maxwell Alexandre conquista espaço no seleto clube da arte  contemporânea mundial | VEJA RIO
Foto: Léo Lemos/Divulgação

O artista possui uma ótima relação com a mãe e tias de Abebe, que são militantes de movimento negro. Daí pode-se perceber de onde surgiu a conscientização principalmente social, política e racial do rapper nascido em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que busca retribuir à cultura hip-hop tudo aquilo que ela o proporcionou, cumprindo até mesmo o papel do pai ausente.

Maxwell começou a se espalhar em 2017, quando passou de um complexo esportivo da Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro, para um espaço de galeria; dela para uma feira de arte contemporânea e, em pouquíssimo tempo, para as paredes dos mais renomados museus brasileiros. Também não demorou muito para que o jovem artista expusesse em centros de arte internacionais; do Museu de Arte Contemporânea de Lyon ao Palais de Tokyo e, de lá, ao The Shed de Nova York; entre outros.

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