Brasil seria 2º país a vacinar contra a COVID-19 se não fosse ‘percalços’ do governo, diz diretor do Butantan

Escrito por Fellipe Santos 27/05/2021 às 16:52

Foto: Divulgação
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Brasil poderia ter sido o primeiro país a vacinar, diz diretor do Butantan

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta quinta-feira em seu depoimento à CPI da COVID que o Brasil poderia ser o 1° país do mundo a iniciar a vacinação da doença, mas isso não ocorreu por ‘percalços’ entre o instituto e o governo federal. O mundo começou a vacinar no dia 8 de dezembro. No final de dezembro, o mundo tinha aplicado mais de 4 milhões de doses, e tínhamos no Butantan 5,5 milhões, e mais 4 milhões em processamento. Sem contrato com o ministério. Nos podíamos ter começando antes? O Brasil poderia ter sido o primeiro pais do mundo a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços, tanto contratuais como de regulamentação”, afirmou Dimas Covas.

Ele disse que o Butantan poderia ter entregue 100 milhões de doses para o governo federal até este mês de maio. Pela demora na assinatura do contrato, o prazo teve que ir para setembro, segundo o diretor. Dimas Covas também disse que ataques contra a CoronaVac nas redes sociais dificultaram a obtenção de voluntários para testes nos estágios iniciais do desenvolvimento do imunizante.

“Em outubro, tivemos dificuldade com o estudo clinico, a velocidade de entrada e voluntários, porque nesse momento havia um ambiente conturbado, um combate mto exacerbado a essa vacina nas redes sociais. Inclusive há um estudo que mostra o efeito dessa discussão midiática em cima do desenvolvimento da vacina”, afirmou o diretor do Butantan.

O Brasil começou testes clínicos com a vacina da Sinovac em julho do ano passado. Segundo o diretor, a relação com a farmacêutica era de parceria, não havendo sequer cláusula comercial, porque a Sinovac também tinha interesses em estudos clínicos. “Isso nos daria uma vantagem, uma rapidez muito grande. Esse era o planejamento”, disse.

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