CBF repudia uso de camisa da Seleção Brasileira em ataques de Brasília e quer reunião com a Nike

Escrito por Vinicius Prado 09/01/2023 às 20:50

Após atos terroristas em Brasília, CBF quer reunir-se com a Nike para tratar das camisas do Brasil usadas por bolsonaristas.

Após os atos de terrorismo que vimos no Distrito Federal no último domingo (08), a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se mostrou muito incomodada com a utilização da camisa da seleção brasileira por muitos dos radicais bolsonaristas que protagonizaram atos de violentos na tentativa de golpe. E com isso, pretende reunir-se com a Nike para tratar do assunto.

O novo presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, como informado pela coluna de Mauro Cezar Pereira no UOL, quer conversar com a Nike, fornecedora de material esportivo e desenvolvedora do design, para poder tratar do tema. Além disso, a CBF postou em seu Twitter, nesta segunda-feira, 9, um texto repudiando o uso da camisa nos ataques e declarando que a entidade é “apartidária e democrática”.

O Brasil usa a camisa amarela desde 1954, quando ocorreu a Copa na Suíça. Anteriormente, até o Mundial de 1950, o país vestia branco. O jornalista e desenhista Aldyr Schlee foi o criador da camisa amarela. Ele ganhou um concurso que foi promovido pelo jornal Correio da Manhã, já extinto, do Rio de Janeiro, junto com a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Antes da Copa do Mundo de 2022 no Catar, a CBF fez algumas tentativas de desassociar a camisa da seleção dos bolsonaristas. a Confederação Brasileira de Futebol exibiu uma peça publicitária exaltando o amor à camisa da seleção – uma campanha visando separar o uniforme do cenário político nacional.

Através da campanha batizada “Energia”, a CBF buscava dar o primeiro passo para desvincular a camisa e o cenário político do país, e despertar novamente a paixão do torcedor pelo Brasil e a união em prol da busca pelo hexa, associando o refrão “Ela me faz tão bem” ao manto verde-amarelo.

A CBF também publicou, nas redes sociais, um vídeo com jogadores da seleção, e outros nomes de sucesso no país usando a camisa antes da Copa. Entre eles, estava o rapper Djonga. Justamente por ser um ídolo da nova geração e por fazer essa militância em relação à causa, o rapper virou um trunfo da campanha para “despolitizar” a camisa da seleção.

Um dos momentos mais marcantes do Djonga falando sobre isso, aconteceu em um show no Mineirão. “Com essa camisa aqui é mais gostoso de ouvir vocês gritando (“Fora, Bolsonaro”), porque os caras acham que tudo é deles. Eles se apropriam do tema família, eles se apropriam do nosso hino, eles se apropriam de tudo, mas é o seguinte, é tudo nosso, e nada deles “, disparou Djonga.

Veja o post da CBF abaixo:

 

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