Cestinha da Liga Africana de Basquete detona contratação de J. Cole

Terrell Stoglin diz que a presença de J. Cole na liga é “desrespeitosa” para aqueles que trabalharam durante anos em busca de uma oportunidade de jogar profissionalmente

O armador do AS Sale, Terrell Stoglin, se tornou o primeiro jogador a marcar 40 pontos em um jogo da Basketball Africa League na semana passada, tornando-se cestinha do campeonato. Como um dos maiores nomes da liga, o jogador de Maryland usou sua voz para falar contra a presença de J. Cole na BAL, afirmando que o rapper tirou o emprego de um jogador merecedor.

Houve um circo na mídia em torno da carreira profissional de basquete de J. Cole no exterior. Após o lançamento de seu último álbum de estúdio The Off-Season, o rapper superstar criado na Carolina do Norte fez sua estreia na quadra como jogador do Patriots BBC. Os destaques de Cole têm se tornado virais nas redes sociais, incluindo um pull-up de seu jogo mais recente, mas algumas pessoas acreditam que, com sua linha de estatísticas abaixo da média, ele deveria se concentrar na música.

Terrell Stoglin falou à imprensa e disse que a presença de Cole no BAL é “desrespeitosa” com outros jogadores que foram excluídos pela pandemia e ainda estão em casa, a treinar muito e na esperança de ser contratado por uma equipa. “Acho que há um ponto negativo e um positivo [na presença de J. Cole ]”, disse Stoglin à ESPN. “A parte negativa disso é: acho que ele pegou o emprego de alguém que merece. Vivo no mundo do basquete. Não vivo no mundo dos fãs. Conheço muitos caras que tiveram suas carreiras interrompidas pela COVID e eles ainda estam em casa treinando e treinando para uma oportunidade como essa. Para um cara que tem tanto dinheiro e tem outra carreira, e chega aqui e faz a média.. tipo, um ponto por jogo e ainda assim ser glorificado, é muito desrespeitoso com o jogo. É desrespeitoso com aqueles que sacrificaram suas vidas inteiras por isso.” explica.

O jogador conclui: “O lado positivo disso é: atrai muita atenção e, eu acho, dinheiro. Eu realmente não presto atenção a esse tipo de coisa. Estou mais [preocupado que] ele pegou o emprego de alguém que merecia.”

Stoglin tem sua própria história interessante. Ele teve uma média de 21,6 pontos por jogo em seu segundo ano pela Universidade de Maryland. No entanto, foi suspenso no penúltimo ano, após confronto com a comissão técnica, por violação do código de conduta do aluno-atleta.

 

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