Vítima registrou uma queixa de injúria racial na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial (Decrin) do DF.
Neste último dia 6, o servidor público Gilberto Martins, 46 anos, registrou uma queixa contra uma famosa churrascaria que fica no setor hoteleiro de Brasília (DF) após descobrir que em sua comanda ela era identificado não pelo nome, mas pelo termo “preto”.
Segundo a Metrópoles; o incidente ocorreu na última quinta-feira, quando foi participar de uma confraternização com amigos do trabalho, na última quinta-feira. Gilberto notou que em sua comanda o estabelecimento escreveu, à mão, não seu nome, mas a cor de sua pele.
Ele chamou o garçom e pediu explicações. Segundo o servidor, o atendente se mostrou muito nervoso e disse que não sabia quem tinha escrito aquilo, mas achava que era uma referência à cor de sua camisa. “Mas a minha camisa era cinza! E se fosse realmente uma referência a ela, não deveria estar escrito com a palavra no feminino? Por que não estava escrito a cor da camisa na comanda de mais ninguém?”, disse.
Na hora, por estar com amigos, Gilberto disse que preferiu não criar uma situação desagradável e aceitou a explicação, mas quando chegou em casa percebeu que agiu mal em se calar diante da clara situação de racismo e chegou a chorar. “Tenho um casal de filhos, ambos negros, e pensei muito no mundo que estamos deixando para eles”, desabafou.
Ao Metrópoles, a churrascaria disse que “tem uma política rígida e que repudia veementemente todo e qualquer ato discriminatório”. Além disso, ressaltou que “medidas internas e externas cabíveis ao caso já foram providenciadas, tal como o reforço do programa de treinamento oferecido aos colaboradores da rede”. A empresa ainda afirmou que é pautada “pelo fomento da diversidade, respeito aos direitos humanos e incentivo ao desenvolvimento das pessoas”, e que lamenta que um cliente tenha se sentido ofendido.