O Comitê Olímpico Internacional ressaltou que o foco deve se dar ao esporte.
Considerando que o caso parece ser “apenas um mal-entendido”, o Comitê Olímpico Internacional (COI) comentou sobre as mensagens religiosas promovidas por Rayssa Leal durante a prova de skate no último domingo (28).
A jovem atleta maranhense gesticulou para a câmera nos sinais de libra: “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”. Pelas regras olímpicas, manifestações do tipo são proibidas durante o evento. Apesar disso, em comparação com casos anteriores, não deve haver punição.
“Não conheço o caso. Obviamente, parece um genuíno mal-entendido. O que vou falar é que o COI está feliz de os atletas se expressarem em coletivas, em redes sociais e outros lugares. No campo de disputa, nós tentamos manter nos esportes”, disse o porta-voz do comitê, Mark Adams.

O máximo que pode acontecer é uma carta de advertência feita pelo COI. Nos Jogos do Rio 2016, Neymar Jr. usou uma bandana escrito “100% Jesus” no pódio ao receber a medalha de ouro. Na ocasição, não houve punição.
Em outro ocorrido semelhante, chineses utilizaram um pin de Mao Tsé-Tung no pódio. Desta vez, no entanto, o Comitê Olímpico Internacional enviou uma carta de advertência ao Comitê Olímpico Chinês para que a atitude fosse evitada, mas também não aconteceu punição.
Nas Olímpiadas do México 1968, atletas norte-americanos sofreram expulsão dos Jogos por fazerem o sinal do movimento “Black Power” no pódio, onde saudações nazistas foram toleradas em 1936.
Questionada pelo UOL, a skatista evangélica afirmou que não sabia do veto. Desde a prova, o COB e o estafe de Rayssa informaram que ela não falaria mais sobre sua manifestação.



