Conhecido no Rap como Spark, Anderson Talisca revela detalhes de sua inserção na música durante turnê pelo Brasil

foto: @rezzende071

Anderson Talisca contou que seu verdadeiro sonho sempre foi cantar e conquistou isso se tornando Spark no Rap.

Na última sexta-feira (5), na Audio, em São Paulo, com participação especial de Major RD, Spark iniciou a turnê de seu EP de estreia, nomeado “Sou Eu“. Ainda durante o final de semana, os shows passaram por Recife e Porto Alegre. Na próxima sexta, as apresentações se estendem para o Rio de Janeiro, chegando no sábado à Bahia para performances em Salvador e Lauro de Freitas.

A primeira turnê do rapper baiano acontece entre os dias 5 e 13 deste mês de janeiro em parceria com o Africanize, ao lado também de outros grandes nomes do rap nacional, como Jovem Dex, Gaab, MC Poze do Rodo e Luccas Carlos, além do já citado fundador da gravadora Rock Danger e os integreantes da Nine Four Records, convidando o público para prestigiar essas fervorosas apresentações.

O RAPMAIS vem acompanhando e fazendo a cobertura dos shows e, em entrevista exclusiva com o artista e atleta, conseguiu algumas revelações sobre a sua inserção no cenário musical após a consolidação de sua carreira no futebol como Anderson Talisca. “Como um jogador de futebol começa a cantar do nada? Sacou? Não tem como, quem não tem noção nunca vai fazer isso”, reflete ele.

“Então, tipo, a galera quando vê mesmo, se passa… Não é porque tenho dinheiro. Comecei a fazer música com uns 13 anos mas, por motivos familiares, tomei a decisão de jogar futebol. Mesmo sabendo que tinha talento pra jogar futebol, eu não queria, queria a música. Minha vibe era a música, mas o destino fez com que brilhasse pra mim no futebol, mano, mas eu sabia que se eu fizesse música e fosse jogar futebol, não conseguiria”, acrescenta Spark.

Na sequência, o rapper relatou como soube lidar com seu sonho e a realidade. “Mas entendi que se eu jogasse futebol, ia ter espaço pra fazer música, então foi tudo bem planejado. Eu fazer o que faço hoje não é por acaso, só agradeço mesmo. A galera hoje já sabe quem sou eu, sabe que sou eu no EP, então prezo muito pela musicalidade e quero que a galera do rap também preze muito por isso, porque vai chegar uma hora que a galera vai exigir muito da gente, tá ligado?!”, conta.

“Como o Ret tá fazendo aí, é uma parada muito foda; banda, gravando DVD… Óbvio, ele já tem uma história, mas tá preocupado, tá visando já lá na frente. Matuê também é um cara que já tá visando lá na frente, e vai chegar uma hora que a galera não vai mais suportar só beat, subir os caras ali. A galera vai querer algo a mais, um atrativo a mais em cima do palco”, opina o artista.

Dando continuidade, Spark expressa a sua opinião sobre o futuro da cena. “O trap tá numa ascensão muito foda, passou todo mundo aí, mas, em estilo musical, a galera precisa botar a mente pra funcionar porque vai chegar uma hora que o público vai exigir da gente mais musicalidade, então já tô me preocupando com isso, porque não me sinto confortável na zona de conforto. A situação não é dinheiro, é prazer.”

“Dinheiro tu vai conquistar fazendo o que quer, fazendo o correto, mas prazer musical é pra poucos, e hoje vivo esse prazer musical, porque dinheiro, na minha situação futebolística, sei que tenho uma condição legal, mas quero ter uma condição de abençoar pessoas através da música, então é essa visão que tenho, por isso que faço música. Não só artístico, mas social também. O sonho de ajudar pessoas, dar oportunidade, sei que através da minha música vou conseguir isso, o Spark fortalecendo geral da cena”, finaliza.

Enquanto segue em turnê pelo Brasil, Spark é a estrela do ‘Vivência’, novo quadro original do RAPMAIS onde acompanhamos o artista e jogador durante seu show em São Paulo, confira abaixo:

 

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