Pablo Martins, um dos criadores do coletivo e gravadora independente 1Kilo, lançou, no dia dai 1º de maio, o seu EP “Menino Damáfia”. O trabalho é o resultado de anos de caminhada e vivência viajando pelo Brasil, o que deu para Pablo uma boa estrutura musical. Com sete faixas, o trabalho está disponível em todas as plataformas digitais.
Em conversa com o Rap mais, Pablo conta suas influencias familiares para produzir o disco e o qual é o seu conceito.
“A influência do jazz sempre foi muito forte no meu trabalho, pois vim de uma família que minha avó é cantora de bossa nova, MPB e jazz. Então, desde pequeno fui criado nesse meio e sempre busquei levar isso para as músicas com a mistura com o hip-hop que é o estilo que mais produzo hoje em dia”, conta o artista que completa.
“A ideia do EP surgiu de um jovem que desde cedo é preparado por pessoas mais experientes para assumir grandes responsabilidades”.
O trabalho conta com participações de Anchietx, Lary e Hélio Bentes. Essas vozes, diferentes das que são apresentadas no rap, casaram bem com as músicas propostas por Pablo
“Eu sou muito fão deles 3. Eu busquei trazer uma mistura e mostrar que essa cena que envolve o hip-hop, mas tem uma parte mais cantada, está cada vez mais forte no Brasil. Acredito que o R&B, o pop e o reggae falam bastante com o hip-hop”, revela o cantor que diz que sempre foi fã de Cássia Eller e Chorão, e ainda tem o sonho de gravar também com Marcelo Falcão.
O cantor ainda falou sobre como está sendo este período de quarentena, por causa do Covid-19, e dos desafios de ser músico num país que por muitas vezes negligencia a cultura.
“Esse período está sendo preocupante por causa desse v[irus novo que está ati.gindo várias pessoas. Quem é artista está tendo que se reinventar, como sempre foi na história, pois é uma fase pra aprendermos e conseguirmos da melhor forma amenizar isso das pessoas terem que ficar em casa”,relata Pablo que explica como é difícil ser conseguir alcançar os sonhos artísticos no país
“A maior dificuldade de ser músico neste país é ter que, além de tudo, criar um mercado para ter que trabalhar. Então, isso de criar a cena para quem escuta uma música mais alternativa ou para apresentar o trabalho em si é o mais complicado”.