David Guetta recebeu críticas mistas sobre a experiência.

David Guetta é agora o mais recente dono de uma tendência incrivelmente provocativa que vem circulando no cenário musical: a inteligência artificial. Seja FN Meka, o rapper de IA que assinou um contrato com a Capitol Records e posteriormente o perdeu devido a questões de apropriação cultural, ou Drayk.it, o site que permite que as pessoas usem uma réplica da voz de Drake gerada por IA e façam cantar qualquer música que desejarem, AI ganhou muitos fãs e críticos.

Mais recentemente, a arte da capa do último álbum de estúdio de Lil Yachty, “Let’s Start Here” (27 de janeiro), gerou conversas entre os ouvintes, considerando que ele empregou um gerador de IA para criar a caprichosa arte do álbum. Depois que um usuário do Twitter chamou a atenção para essa decisão, dizendo que “é uma merda”, Yachty respondeu sucintamente “cale a boca”, enfatizando ainda mais a linha na areia traçada entre amantes e odiadores de IA.

Foto: Ellen Von Unwerth

Na semana passada, Guetta carregou um vídeo no Twitter de seu show recente, onde ele estreou uma nova faixa que apresenta a aparição de uma voz de Eminem gerada por IA. Antes de uma batida épica, a voz do rapper repete a frase “Este é o futuro som rave. Estou ficando incrível e underground”. Após o vídeo dessa performance, David Guetta é visto explicando essa decisão e o processo de fazer a réplica do artista de Detroit, onde ele parece estar em êxtase com seu novo amor pela inteligência artificial.

“Eminem, mano! Tem uma coisa que eu fiz de brincadeira e deu tão certo que nem acreditei”, disse. “Eu descobri esses sites sobre IA. Basicamente, você pode escrever letras no estilo de qualquer artista que você goste. Então eu escrevo um verso no estilo do Eminem sobre Future Rave. E fui a outro site de IA que pode recriar a voz. Eu coloquei o texto nele e toquei o disco, e as pessoas enlouqueceram!”

No tópico abaixo da postagem de David Guetta no Twitter, ele explica que não lançará a música para uso comercial: “obviamente não vou lançar isso comercialmente”. Mas, o principal argumento contra a IA de seus críticos é que ela tira os esforços dos artistas ou os usa como pontos de referência e não os credita e os compensa financeiramente. E mesmo que Guetta não planeje adicionar essa música às plataformas de streaming, ele já a usou em um cenário de show pelo qual foi pago.

Confira abaixo a postagem no Twitter: