Da Cunha é novamente alvo de apuração da Corregedoria da Polícia

Escrito por André Bernardo 09/10/2021 às 18:05

Capa Delegado da cunha Foto: Divulgação

Delegado Da Cunha está enfrentando grandes problemas na carreira de policial

O delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha, tornou-se alvo de nova apuração preliminar da Corregedoria da Polícia Civil após se envolver, na última quinta-feira (7), em uma ocorrência policial quando realizava gravações de vídeos para seu canal no YouTube. O que se pretende descobrir é se houve irregularidade na conduta do delegado durante a apreensão de máquinas caça-níquel na zona norte de São Paulo.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), os indiciamentos se devem à suspeita do “uso indevido da estrutura da Polícia Civil em proveito próprio, objetivando visibilidade em redes sociais e ganhos financeiros indevidos”. Influenciador digital cujos perfis no Instagram e no YouTube têm 2,1 milhões e 3,6 milhões de seguidores, respectivamente,

Da Cunha já havia sido afastado das ruas no fim de julho, e no mês passado se licenciou do cargo. Ele responde a procedimentos administrativos disciplinares junto à Corregedoria. Em suas redes socias, o policial afirmou  que apenas fez a denúncia contra o bar e foi para a delegacia como testemunha, após acionar a Polícia Militar e a Civil sobre o caso. O delegado Da Cunha depois que ele foi armado abordar um dono de bar que mantinha caça-níqueis no Tremembé, na zona norte de São Paulo.

Da Cunha, manteve por cerca de um ano e seis meses uma estrutura particular para filmar operações e divulgar vídeos na internet que, conforme investigação da Corregedoria, teve custo mensal de até R$ 14 mil. O salário médio dele na polícia tem sido de R$ 10.470 líquidos.

Os membros da equipe de filmagem não pertencem às forças de segurança do estado, mas ainda assim alguns deles dirigiram viaturas, tomaram depoimentos em ocorrências, usaram roupas semelhantes à de policiais e ostentaram armas nas redes sociais. Além disso, usaram unidades policiais como estúdio para edição de vídeos do delegado.

Recomendados para você

Sair da versão mobile