Salvador da Rima foi autuado por crime de desacatar funcionário público no exercício da função, que prevê detenção de seis meses a dois anos, ou multa.
Após ser liberado da delegacia sobre os braços de fãs e amigos., o rapper Salvador Da Rima voltou para casa onde os PM’s invadiram para prendê-lo para pedir desculpas aos donos na Rua Moisés Alves dos Santos, no Itaim Paulista, na zona leste da capital paulista. Emocionado, o jovem pediu desculpa aos donos da residência, a auxiliar de enfermagem Regina Aparecida Morais Mesquita da Silva, e o técnico de som José Ivanildo da Silva. “por causa do transtorno causado”.
Hoje (28) o jovem para as redes sociais para falar que não xingou os policiais e nem resistiu a prisão, enquanto os advogados da GR6, gravadora com quem o artista é assinado, disse que iriam esperar até a próxima segunda-feira (1) para entrar com medidas jurídicas quanto a atuação da polícia militar por eventual abuso de autoridade, informações obtidas pelo site Ponte Jornalismo, indicam que o delegado onde o caso foi registado ignorou algumas provas e só autuou o músico.
Segundo o site Ponte Jornalismo, No 67º DP, onde o caso foi registrado, o delegado Sandro Tavora ignorou as evidências de agressão contra Salvador e a invasão sem mandado judicial feito pelos PMs, preferindo autuar apenas o músico — pelo crime de desacatar funcionário público no exercício da função, que prevê detenção de seis meses a dois anos, ou multa.
O mesmo delegado também ignorou um áudio captado por um celular e postado nas redes sociais que supostamente revelaria uma conversa em que os PMs combinam ferir a si mesmos para acusar o funkeiro de agressão. Segundo testemunhas, os policiais teriam feito a combinação sem perceber que um dos celulares que haviam apreendido estava ligado e transmitindo ao vivo no Instagram. No áudio, é possível ouvi-los dizendo “machuca a mão, aí, negão, o rosto”, “bato a testa aqui já, ó” e “tem que apresentar nós como vítima, mesmo”.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do governo João Doria (PSDB) não desmentiu que as falas tenham sido ditas pelos policiais, mas declarou que o áudio seria “improcedente” porque os PMs não falaram desses ferimentos quando foram à delegacia.
Na mesma nota, o governo afirma que MC Salvador foi preso por “hostilizar” os PMs e que vai investigar a conduta dos policiais, mas já concluiu que são inocentes. “Não houve ilegalidade na ação dos policiais, no entanto, os procedimentos serão analisados do ponto de vista técnico-operacional e administrativo”, afirma. O rapper nega ter hostilizado os policiais.