Deputado distrital Max Maciel destaca as causas do álcool em comparação com a maconha

Escrito por Rodrigo Costa 07/08/2023 às 21:15

Foto: Divulgação
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O deputado distrital também refletiu sobre os países que descriminalizaram a maconha.

Na última quarta-feira (2), o Supremo Tribunal Federal retomou, após sete anos, o julgamento sobre a legalização da maconha para consumo pessoal no Brasil. Diante disso, criou-se novamente uma repercussão na internet sobre o assunto, e o portal Rap Dab publicou um vídeo em que o deputado distrital Max Maciel, do PSOL, expressou a sua opinião.

“Violência se combate com garantia de direito, com policiais, com presença no território, com foco no território, com polícia comunitária, com inteligência, com diálogo formativo, com diálogo permanente entendendo… Nós temos inteligência das manchas criminais, sabemos onde tem conflito de gangues que tem maior interferência de crime letal contra a vida, sabemos onde tem maior furto”, iniciou ele.

Foto: Luan Henrique

“Nós temos inteligência e temos polícia preparada pra isso. Agora, por que nós estamos falando que em torno disso envolve o álcool? E aí chegou um debate do deputado aqui falando, por exemplo, sobre a questão que eu não tenho problema de tratar, sobre drogas o Brasil. Já liberou há muito tempo, quem quer sabe onde compra e sabe onde usa; isso, quem não quer assumir, tá numa hipocrisia sem igual…”, completou.

Na sequência, abordou o intuito do debate. “O que nós queremos é descriminalizar, porque isso aqui não é pelo direito de usar alguma coisa, não, é pelo fim da guerra aos pretos. Portugal legalizou todas as drogas. Não tô falando só da maconha, tô falando de todas as drogas. Há vinte e dois anos, é o país na Europa que menos tem overdose, que reduziu índice de violência na Europa, e não à toa é o país que mais tem recebido brasileiros pra morar.”

“Estados Unidos 2022, pra concluir, foi o país das ações unidas que mais teve overdose a base de opioides. Quem não sabe, são os remédios tarja preta vendidos indiscriminadamente por descrições médicas nas farmácias. Debater a discriminalização das drogas é ter uma relação sincera com território. Se a gente adotar o modelo da Espanha, que determina como posse e porte cem gramas… Quem já aprendeu cem gramas, sabe o que quer dizer cem gramas”, refletiu Max.

“60% das pessoas, deputada Paula, que estão presas no Brasil, por crime análogo ao tráfico de drogas, estariam soltas e eu posso afirmar à senhora. Cadeia traz muitos mais ônus pra uma pessoa que tá com gramas de alguma substância do que de fato o uso que ela vai trazer, porque nós temos uma percepção sobre uso de droga que todo mundo que faz uso de droga vai ter um uso problemático automaticamente e dependente químico”, afirmou o deputado.

“Por incrível que pareça, são os únicos que moram na periferia, porque qualquer um que mora nos bairros de classe média e etc é uso recreativo, é fuga de consciência, é busca de um processo religioso, é outra coisa. Nós precisamos fazer educação e jogar sincero; jogar sincero com a nossa comunidade, com nosso povo, do que realmente faz mal, porque, no meu território, o álcool, hoje, faz muito mais mal, mas a gente não tá aqui pra debater a criminalização do álcool, nós estamos pra debater uma relação sincera do Brasil, avançar na perspectiva do debate, coisa que os Estados Unidos, que investiu na guerra às drogas durante o ano, já entendeu o que deu errado, que parte da Europa já entendeu o que deu errado”, finalizou ele.

Confira o vídeo na íntegra na publicação abaixo no Instagram:

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