O desaparecimento dos meninos Fernando Henrique, de 11 anos, Alexandre Silva, de 10 anos, e Lucas Matheus, de 8 anos, completa dois meses neste sábado (27).
As famílias de Lucas Matheus da Silva, 8, Alexandre da Silva, 10, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11, não tiveram até agora respostas sobre o desaparecimento das três crianças que saíram de casa para brincar em 27 de dezembro, um domingo, no bairro Castelar, favela de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O desaparecimento completou dois meses neste sábado.
Até o momento, não existe qualquer informação ou pista que leve ao paradeiro das crianças – que sumiram em 27 de dezembro, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense – as famílias seguem com esperança de encontrar os três vivos. “Sou movida pela esperança de que meus netos, Alexandre e Lucas, e o Fernando, estão vivos. Se tivessem sido mortos e jogados num rio, como alguns chegaram a dizer, os corpos já teriam aparecido. Tenho certeza que eles estão vivos”, afirmou a cozinheira Sílvia Regina da Silva, avó de dois dos três desaparecidos.
Foi essa esperança, que vai levar Sílvia e as famílias das crianças a se reunir na manhã deste sábado, no Centro de Belford Roxo, perto da estação de trem, para sensibilizar as pessoas e não deixar o caso cair no esquecimento.
Segundo o G1, as ligações para as famílias com supostas pistas dos meninos praticamente pararam, nesse último mês. Mas na semana passada, a mãe dos dois meninos recebeu um telefonema do Ceará, que ela achou muito estranho. “Minha filha recebeu uma ligação de uma pessoa que dizia que tinha visto a reportagem dos meninos numa revista e queria saber se a foto das crianças estava nos aeroportos. Achamos estranho e passamos para a polícia. O delegado disse que já chegou a investigar sete denúncias de que os meninos teriam sido levados de avião, mas eram todas falsas”, contou Sílvia.
Incansável na busca pelas crianças, a cozinheira contou que, pela primeira vez em quase 30 anos de trabalho, foi obrigada a tirar férias. Ela preferiu ficar 30 dias em casa em janeiro para ter mais tempo para ajudar nas buscas.
“Agora já voltei a trabalhar. Mas como trabalho dia sim dia não, quando estou de folga vou à delegacia e saio por aí procurando informações sobre os meus netos. Na semana que vem já fui convidada para ir à Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), no Rio”, contou Sílvia.