Diretor de ‘Marte Um’, Gabriel Martins agradece Lula e Dilma por se tornar primeira pessoa preta a representar Brasil no Oscar

Escrito por André Bernardo 27/09/2022 às 20:15

capa Gabriel Martins Foto: Divulgação
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Gabriel Martins fez história no cinema nacional.

Na noite de ontem (26), Luiz Inácio Lula da Silva, que é candidato a presidência da República realizou a sua super live com diversas personalidades que estão te apoiando. O evento aconteceu na cidade de São Paulo. Entre eles os presentes estava Gabriel Martins, o  diretor e roteirista do filme Marte Um, representante do Brasil no Oscar 2023.

Ao ser perguntado sobre o filme, o diretor lembrou que ele só foi possível graças a editais de incentivo voltados à população preta que foram lançados nos governos petistas “Esse é o Brasil de Lula e Dilma, porque sem eles esse filme não existiria. Esse filme é fruto do Edital de Ação Afirmativa, o primeiro e único para pessoas pretas. Eu sou um cineasta preto e periférico, como vários amigos que estão aqui. Por causa de Lula e Dilma, pela primeira vez na história do Brasil, uma pessoa preta vai representar o país no Oscar”, disse.

foto gabriel martins

“Marte Um”, dirigido por Gabriel Martins, e produzido pela Filmes de Plástico, acaba de ser escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023. O filme que teve sua estreia mundial no Festival de Sundance irá disputar uma vaga na categoria melhor longa-metragem internacional (que antes era chamada de “melhor filme estrangeiro”. O anúncio foi feito nessa segunda-feira (5) pela Academia Brasileira de Cinema.

“Marte Um” retrata o cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais. O garoto Deivid (Cícero Lucas), o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar o planeta vermelho. Morando na periferia de um grande centro urbano, não há muitas chances para isso, mas mesmo assim, ele não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras sobre astronomia na internet.

O pai, Wellington (Carlos Francisco, de “Bacurau”, e da Companhia do Latão de Teatro), é porteiro em um prédio de elite, e há um bom tempo está sem beber, uma informação que compartilha com orgulho em sessões dos Alcoólicos Anônimos. Tércia (Rejane Faria, da série “Segunda Chamada”) é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada (Ana Hilário), mas não tem coragem de contar aos pais.

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