Djonga responde fãs que pedem volta de sua ‘versão antiga’: ‘Não vivo 24 horas só pensando em política’

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Djonga disse que está criando música em uma “nova vibe”, mas fã disse sentir saudade do “antigo Djonga”.

O rapper mineiro Djonga se destacou como uma das principais vozes da nova geração, o que permitiu virar uma figura importante para o debate racial e político dentro da música. Atualmente, o artista de Minas Gerais está explorando novas sonoridades, mas seus fãs estão pedindo que ele volte com sua “versão antiga”, mais parecido com o que apresentou em “Heresia” e “O Menino que Queria Ser Deus”.

Em seu perfil no Threads, o artista do selo A Quadilha falou sobre os próximos passos da carreira e disse que vai trazer uma “vibe” mais calma e leve par ao público. Segundo ele, esse período de sair da zona de conforto tem sido importante e está animado para apresentar sua nova face musical.

CAPA Djonga
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“Vocês vão curtir muito o que nós estamos produzindo. Músicas em outra vibe do que o Djonga sempre faz. Mais leveza nas ideias, mais melodia. E pros críticos, tem seis discos do jeito que vocês acharem melhor. Arte é um processo de vida e aprender a criar de outro jeito tem sido importante pra mim”, disse ele.

Na mesma postagem, um fã respondeu a publicação dizendo que “sente saudade” do período em que o MC “rimava mais papo reto”, o que fez Djonga dizer lembrar que as obras do passado seguem presentes nas plataformas de streaming para quem quiser ouvir. Ele ressaltou ainda a necessidade de trazer novos temas em suas músicas.

“Eu fiz 60 músicas em disco falando sobre o que eu acredito, e elas são eternas. Elas sempre estarão disponíveis pra ouvir, sempre vão estar nos shows e serão o carro chefe do meu trabalho. Agora, fazer coisas leves é legal também. Eu não vivo 24 horas por dia só pensando em política, sociedade, pretos e pretas etc. Sou comum, tenho vaidade, ego  pensamento fútil, raiva de coisa besta. E é daora falar sobre isso também”, rebateu o rapper.

Rappers como Mano BrownEmicida e Tyler, The Creator também enfrentaram esse tipo de críticas quando começaram a explorar um viés mais musical. Quando o rapper norteamericano lançou “Igor”, os fãs do artista comentavam que sentiam falta do “antigo Tyler”, onde ele era menos melódico e experimental. Entretanto, ele respondeu que sua “versão antiga” sempre estaria disponível para quem quisesse escutar. “Você sente falta dele? Não foi a lugar nenhum, ainda está disponível para ouvir quando quiser. Você está sofrendo sozinho”, tuitou ele, anos atrás.
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