Documentário sobre privilégio branco estréia na Netflix

‘Alô, privilégio? É a Chelsea’ fala sobre o problema do racismo nos Estados Unidos.

“Vocês, brancos, pelo menos sabem de onde vocês vêm. Vocês sabem quem são os seus antepassados, qual é a origem deles. Nós, negros, nem temos esse privilégio. Imagina se projetar no futuro se você nem conhece o seu passado?” Essa frase, dita por uma mulher negra no documentário “Alô, privilégio? É a Chelsea”, disponível na Netflix, marca o espectador de cara e já diz tudo sobre a produção.

O documentário encara de peito aberto a questão do privilégio branco e aponta finalmente o dedo para uma das principais origens do racismo contra o negro: o branco é privilegiado sim. Privilégio é um direito especial de um grupo de pessoas em relação a um outro grupo. Essa vantagem é tão estrutural em países como os Estados Unidos ou Brasil que ela virou hoje um forte viés inconsciente e vive no silêncio.

Com o tempo, esse privilégio vira um enorme ponto cego para muitos e se impregna cada vez mais na cultura, na maneira de ser e na vida de cada um. A consequência é que os negros ficam encurralados e sofrem racismo no cotidiano.

Reconhecer um ponto cego é uma coisa difícil de ser feita porque ele estrutura o convívio de cada um de nós. Mas ser branco e reconhecer o próprio privilegiado é um dos passos mais importantes para acabar com uma estrutura social racista contra o negro. E o documentário mostra bem essa busca por clareza pela atriz e comediante americana, branca e loira, Chelsea Handler.

Assista o documentário aqui.

Fonte: Folha`Press

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