Entregador agredido recebe mais de R$238 mil de vaquinha e moto do Ifood

Escrito por Thallis 18/04/2023 às 13:20

Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo
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Max Ângelo dos Santos, entregador que foi chicoteado, está prestes a realizar o sonho da casa própria com uma vaquinha feita pelos internautas.

Após sofrer agressão e ser chicoteado por mulher em São Conrado, no Rio de Janeiro, o entregador Max Ângelo dos Santos tem recebido apoio de todos os cantos do Brasil e ao que tudo indica, ele realizará o sonho de ter a sua casa própria. Além do morador da Rocinha que trabalha na informalidade há um ano e meio, ganhar uma moto e uma bicicleta elétrica da empresa de delivery iFood, uma vaquinha aberta na internet pelo site Razões para Acreditar, arrecadou em apenas dois dias mais de R$ 230 mil.

“Essa vaquinha vai dar uma virada na minha vida. Não devemos baixar a cabeça e se não fosse minha família e todo esse apoio, não sei o que seria de mim”, disse Max que é pai de 3 crianças e cresceu e mora na Rocinha. “Parecia que ela estava chicoteando um escravo que não fez o serviço direito. Eu sou ser humano e sangro como ela”, lamenta Max.

Reprodução

A mulher xingou Max de lixo e mandou ele voltar para a favela. As agressões teriam começado porque ela não gostou de ver os entregadores na calçada. Após ser agredido, ele prestou depoimento e passou por exames no Instituto Médico Legal, que confirmaram as lesões.

Max deixou o 15ª DP (Gávea) na quarta e chorou muito nos braços da mãe, a dona Adriana de Souza. “Essa semana encontrei o Max esse ser humano incrível que foi covardemente agredido por uma Racista em são Conrado”, escreveu o ator, João Vicente, em suas redes sociais. “Perguntei qual era seu sonho e ele disse na hora: Sair do aluguel. Portanto abrimos uma vakinha pra tentar comprar a casa dele.”

Luciano Huck publicou em seu perfil um vídeo mostrando o encontro que ele e João Vicente tiveram com Max e também divulgando a iniciativa. “Eu não desejo isso para o meu pior inimigo, irmão”, diz Max no vídeo. “Pra mim, chega a ser uma violência hedionda. Uma coleira, para bater numa pessoa… Aquilo ali me representou muito os meus ancestrais, escravos. É como se eu tivesse sendo chicoteado.”

Chamada a prestar depoimento à polícia durante a semana, Sandra apresentou um atestado e não compareceu.

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