Coruja BC1 fala sobre saída da Laboratório Fantasma e conta detalhes de seu novo álbum ‘Psicodelic’

Escrito por Fellipe Santos 28/12/2018 às 18:52

Foto: Divulgação
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Rapper revela motivo de sua saída do selo de Emicida e conta detalhes do seu novo projeto.

Coruja BC1 é um dos ótimos nomes que temos no cenário do rap nacional. Nascido em Osasco e criado em Bauru, o cantor e compositor chamado Gustavo Vinicius Gomes de Sousa, alimenta uma forte ligação com a música que vem desde a infância. Coruja constrói um trabalho de mensagem com base em suas vivências e suas influências – que, além do rap, passam pelo samba, MPB e pelo jazz.

A mistura de estilos e influências musicais levou o artista a participar de diversos projetos de sucesso como “Poetas No Topo” e “Perfil”, além de liberar músicas marcantes como “NDDN”, “Modo”e o projeto” Nos Dias Dos Nossos”, que conta com uma capa icônica mostrando Coruja em uma favela com notas de 100 ao seu redor. Agora, o artista conta em entrevista para o RAP+ um pouco de como foi seu ano de 2018, novo álbum saída da Laboratório Fantasma e muito mais. de 2019!

Ao anunciar seu novo álbum, você encerrou o ciclo do projeto NDDN. Qual foi a importância desse álbum e de todo esse ciclo na sua carreira?

Quando eu compôs “Passando a Limpo”  e “Modo F” eu tinha o objetivo de mudar a cara do jogo, não pra mim apenas, mas ampliar aquele circuito fechado pros meus irmãos e irmãs também. Notei que isso aconteceu e N D D N foi um tijolo importante pra essa história toda, um disco de 2015 lançado em 2017, priorizei lançá-lo pelo conteúdo dele de empoderamento e encorajamento do meu povo, meu primeiro álbum é bem Hip Hop e eu queria exatamente isso no gêneses da minha discográfica.

Falando em ciclos, outro se encerrou na sua carreira recentemente com sua saída da Laboratório Fantasma. Imagino que apesar de ser uma saída amigável te ha sido difícil para você. Nós conte um pouco sobre essa decisão. Você vai continuar como artista independente agora?

Foi um decisão difícil, admiro muito a história da laboratório fantasma, e todos os irmãos e irmãs que trabalham ali dentro. Tenho um carinho muito especial pelo Fioti, ele foi o responsável por eu ter entrado na lab infelizmente um terceiro investidor do projeto falhou tanto comigo quanto com eles, mas não avia muito que eles professem fazer foi quando optei por minha saída, e o Evandro além de me entender, foi completamente humano e solidário para que isso acontecesse da melhor forma. Continuamos amigos, fãs uns dos outros, admiradores um do corre do outro e a lab ainda continua sendo uma inspiração pros meus próximos passos.

Recebi 4 propostas, na mesma semana que sai, mas nem uma brilho meu olho. Quero viver essa fase independente de novo, possivelmente erguendo até meu próprio selo.

Essa nova fase em sua carreira se inicia com o álbum ‘Psicodelic’, qual a ideia, direção artística e tom que você pretende adotar em seu novo disco? E Por que o título ‘Psicodelic’?

Era meu aniversário esse ano, dia 03/06 , estava no estúdio com um bebendo pra carai, compondo e me sentindo o cara mais solitário do planeta , não comemorei, fiz uma música no dia , lembro que o Baco me deu um salve pra sairmos pra comemora, mas tava tão mal que não consegui cola, e fiquei no estúdio trabalhando. Psicodelic fala exatamente disso, das minhas verdades, tristezas, frustrações e alegrias tanto no amor quanto na vida e profissão.

Você anunciou que está trabalhando com WillsBife no projeto. Alem dele, com quais artistas pretende colaborar neste álbum?

Casp , Skeeter , Canela , Mestre Xim Deryck Cabreira

Em termos de sonoridade o que podemos esperar? Quais suas inspirações?

D’Ângelo , Djavan , Kendrick , Chip Fu, Tyler , Travis , Cartola

Você foi bem vocal sobre sua opinião durante as eleições para presidente. Esse cenário político, mostrando a força dos conservadores, vai influenciar em suas letras para o álbum?

A previsão do tempo só pode alerta sobre a chuva, mais não pode impedir as pessoas de se molhar, as pessoas escolheram se molhar. Eu ALERTEI! continuarei fazendo meu rap e lutando contra tudo que sempre lutei com minhas letras!

Para você, qual o papel que o rap vai ter no país comandado por um homem de extrema direita em 2019? 

Black Panthers 15 de outubro de 1966!!

Qual sua visão sobre o cenário do rap e do hip hop nacional atualmente e quais suas perspectivas futuras para a cena?

Ainda temos o costume de admirar apenas um ou dois artistas e ficar batendo na mesma tecla, mas isso está mudando muita gente nova surgindo e fazendo sua cena acontecer. Quanto mais artistas grandes mais shows mais investimentos dentro do Rap, precisamos fazer esse business gira entre nois e fazê-lo tão forte quanto outros mercados da música no Brasil. Eu consigo visualizar isso já!

O que seu novo álbum pode trazer de diferente para nosso cenário?

Tudo rs, alma, verdade e pluralidade musical !

Você pretende lançar alguns single antes do álbum chegar? E ‘Psicodelic’ já tem previsão de lançamento? 

Ano de Ogum caminhos abertos então pode me esperar em cada mês dos ano

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