As acusações são de que o atacante flamenguista tenha prejudicado o trabalho dos oficiais no CT do clube.

Na última quinta-feira (21), a Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem, através de João Guilherme Guimarães Gonçalves, denunciou Gabigol por tentativa de fraude num exame de antidoping no Centro de Treinamento do Flamengo, Ninho do Urubu. Diante da infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, o atleta terá que comparecer no julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, que ainda não teve a data marcada, e, em caso de condenação, pode ser suspenso em até quatro anos.

O atacante rubro-negro, único a não fazer o exame antes do treino das 10 horas, está sendo acusado de dificultar a realização desde que os oficiais responsáveis pela coleta chegaram ao CT, às 8 horas e 40 minutos de 8 de abril. Conforme os relatos, ele – que não fez o repouso de duas horas após a atividade física determinado pela análise específica do passaporte biológico – causou espera, desrespeito e não seguiu os devidos procedimentos.

“Não houve qualquer erro de procedimento do atleta na entrega do frasco após a coleta do material […] Acaso a entrega do frasco estivesse em desacordo com as normas técnicas e de segurança, caberia ao Oficial de Controle de Dosagem recusar e exigir uma nova coleta, o que não foi feito”, comentou a defesa de Gabriel Barbosa.

Segundo os responsáveis pelo exame, o jogador não os procurou antes do treino, foi almoçar após a atividade e não os deu atenção, pegou o vaso coletor sem aviso depois dos 90 minutos e se irritou ao perceber que estava sendo acompanhado ao banheiro pelo oficial para a coleta. Assim que terminou, entregou o vaso aberto, o que não é indicado. Além disso, afirmou que seria sua última realização.

Os relatos são de que o atleta, notificado primeiramente sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio e defendido inicialmente pelo vice geral e jurídico do clube Rodrigo Dunshee, ficou estressado por seu nome sempre estar na lista daqueles que realizam o exame. O Flamengo, por sua vez, comunicou que o oficial de controle de dopagem é o responsável pelo acautelamento do material da coleta.