Homem negro acusado de roubo na Zara pede R$1 milhão de indenização

Caso teve grande repercussão no final do ano passado

Luiz Fernandes Júnior, de 28 anos, natural de Guiné Bissau, que foi bastante constrangido, no último dia 28 de dezembro, e acusado de ter furtado uma mochila na loja Zara do Shopping da Bahia, em Salvador, vai pedir uma indenização de R$ 1 milhão em processo movido contra a loja e contra o centro de compras. As informações são do UOL e do g1.

A assessoria do Shopping da Bahia informou que um segurança do empreendimento foi acionado por representantes da loja, solicitando que o cliente retornasse à loja. “Pedido que foi prontamente atendido pelo cliente, que apresentou as notas fiscais ao lojista”, diz a nota. O shopping, no entanto, ressaltou que o segurança não poderia ter atendido tal solicitação, que fere o regulamento da empresa.

Caso de racismo na zara

Em entrevista oi G1, Luiz fez uma reflexão: “Eu estava construindo a minha vida, lutando, para formar um conhecimento, tentando construir uma família e isso me fez parar repensar vários pontos. Será que vale a pena continuar estudando para ter uma vida digna, se uma entidade nos trata como nada e acha que pode nos humilhar a qualquer momento?”, começou a falar.

“Eu estava construindo a minha vida, lutando, para formar um conhecimento, tentando construir uma família e isso me fez parar repensar vários pontos. Será que vale a pena continuar estudando para ter uma vida digna, se uma entidade nos trata como nada e acha que pode nos humilhar a qualquer momento?”, disse.

Um caso parecido aconteceu no Ceará em 2021: a Zara foi acusada pela Polícia Civil do Ceará de manter um código em uma loja da marca no Shopping Iguatemi de Fortaleza para indicar a entrada de clientes. Geralmente, a prática discriminatória tinha foco em pessoas negras: no momento em que alguém entrasse na Loja, o código “Zara zerou” era soado na loja..

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