Ice Blue mantém um importante legado também no jiu-jítsu.

No próximo dia 22 de abril, Ice Blue participará de uma superluta de jiu-jítsu na 10ª edição do evento BJJ Stars, em São Paulo. Em entrevista ao Extra na semana passada, o icônico rapper e agora faixa-preta, revelou que o combate tem um propósito que vai muito além da competição, que é inspirar e ajudar a tirar o preconceito que existe com esse devido esporte dentro da periferia.

“O jiu-jítsu é um esporte educativo, que vai ajudar a educar a sua mente. Então, o que me motivou a lutar neste evento é fazer essa conexão direta com as pessoas que não têm conhecimento sobre a arte e trazer outras pessoas para o tatame. Essa é a minha maior esperança, que eu consiga alcançar o máximo de moleques de periferia do Brasil e que eles possam procurar uma academia para treinar. Esse é o meu maior objetivo”, frisa o artista.

Entre as suas maiores referências no esporte, Blue destacou Leandro Lo, Roberto Godoi, André Garapa, Mahamed Aly e Fernando Tererê, que é nascido e criado no morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, e um dos primeiros a instalar um projeto social voltado ao ensino da arte suave nas favelas. Dentre os diversos espaços das comunidades brasileiras carregando a filosofia de respeito a arte, o integrante do Racionais MC’s cita o Instituto Antônio Geração do Bem, no Capão Redondo, na Zona Sul da cidade paulista.

A principal mensagem e sensibilidade absorvida por Ice Blue no jiu-jítsu foi a do respeito, em ter empatia pelo próximo. Segundo ele, o esporte mostrou que somos feitos de carne e osso, que a gente machuca, que a gente quebra e que a gente tem sentimento. O rapper entende que é necessário que as limitações sejam respeitadas, aliás, o intuito não é ferir ninguém.

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