Ele diz que teve de 20 a 30 concussões na vida e que elas estão causando danos.

Esportes de contato profissional, como futebol americano ou boxe, têm efeitos duradouros no corpo que costumam ser irreversíveis. A encefalopatia traumática crônica, ou CTE, é uma doença cerebral que provou ser fatal e, em alguns casos, alterou o funcionamento dos esportistas. Ao longo dos anos, vários jogadores cometeram suicídio ou até assassinato, e com essas tragédias vêm os cientistas que desejam estudar seus cérebros para determinar se o CTE foi um fator contribuinte.

Jake Paul está há dois anos em sua carreira profissional no boxe e, segundo ele, já está sentindo as consequências. Em uma entrevista recente, ele afirmou que sofreu de 20 a 30 contusões em sua vida, muitas delas por jogar futebol americano, mas que desde que ele passou a lutar boxe a pelo menos dois anos, ele teve diversas concussões seguidas.

Paul revelou que está percebendo certas mudanças físicas. “Eu percebi isso em conversas com minha namorada ou amigos, tipo, não me lembrando de algo que eu deveria ser capaz de lembrar que aconteceu alguns dias atrás”, disse ele ao jornalista Graham Bensinger.

“Às vezes, no meu discurso, a cada cem ou 200 palavras, eu errei ou me enganei… O que eu não tinha feito antes”, acrescentou ele. Bensinger perguntou se ele estava preocupado com o número de concussões que sofreu e ele respondeu: “Claro.”

Os sintomas de CTE incluem dificuldade de pensar, depressão, comportamento impulsivo, perda de memória de curto prazo e instabilidade emocional. Irritabilidade, agressividade, dificuldade de fala, dificuldade para engolir e problemas de visão também podem ser sinais da condição.