Jamaica enfrenta escassez de maconha devido à seca e a COVID-19

Escrito por Felipe 07/02/2021 às 18:33

Foto: Divulgação

Especialistas dizem que a escassez é a pior que já viram.

Uma nação famosa por sua história Rastafari e natureza próxima à planta psicoativa, ouvir que a Jamaica está com pouca maconha agora é muito surpreendente. Infelizmente, esse é o caso do mercado amplamente ilegal de cannabis do país caribenho, que sofreu golpes devastadores devido aos efeitos da mudança climática e da pandemia COVID-19.

De acordo com a Associated Press, a temporada de furacões causou estragos nos campos de cannabis e a seca subsequente tornou a situação ainda pior. Os especialistas até dizem que a seca é a pior que já viram. “É uma vergonha cultural”, disse Triston Thompson, que atua como o principal explorador de oportunidades para uma firma de consultoria e corretora para a jovem indústria legal de cannabis do país. Daneyel Bozra, que cultiva maconha na parte sudoeste da Jamaica, disse à ABC News sobre os danos causados ​​pelo clima inclemente. “Isso destruiu tudo”, observou ela.

O toque de recolher às 18h estabelecido devido a COVID-19 no país também impediu que os agricultores pudessem cuidar da lavoura à noite, o que é fundamental para o processo de produção. Embora a oferta da planta permaneça baixa, o estresse associado à pandemia aumentou a demanda pela ganja.

O governo do país se manifestou para observar que não há escassez no setor legal regulado, embora os preços legais da maconha possam ter custos que variam de 5 a 10 vezes mais do que na rua. Os turistas também notaram a falta de lojas que vendem a planta legalmente, escrevendo resenhas em sites de viagens detalhando as dificuldades de encontrar a droga. Não há nenhuma palavra ainda sobre como os agricultores locais planejam remediar a escassez.

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