Não pode colocar músicas de Eminem no tribunal.
Um tribunal americano decidiu que tocar músicas de Eminem em um local de trabalho pode ser considerado assédio sexual. A questão foi levantada inicialmente em um processo movido contra a fabricante de roupas S&S Activewear em fevereiro por oito queixosos que alegam que gerentes e funcionários costumavam tocar música “sexualmente explícita e violentamente misógina” durante o horário de trabalho no depósito da empresa em Reno, Nevada.
Em particular, a reclamação cita a música do LP The Marshall Mathers de Eminem de “Stan”, dizendo que a música “descreveu violência extrema contra mulheres, detalhando uma mulher grávida sendo enfiada no porta-malas de um carro e jogada na água para se afogar”. Músicas do rapper Too $hort também foi mencionado na reclamação.
O caso foi levado ao tribunal distrital federal e inicialmente arquivado. No entanto, no início deste mês, essa decisão foi anulada pelo Tribunal de Apelações do Nono Circuito dos EUA em San Francisco. “Embora não tenhamos abordado antes a questão específica da música como assédio, este tribunal e nossos circuitos irmãos reconheceram a reparação do Título VII para outras ofensas auditivas no local de trabalho e para conduta depreciativa à qual todos os funcionários estão expostos”, a decisão do tribunal lê.
“Atendendo aos princípios básicos da lei de assédio sexual, concluímos que o tribunal distrital rejeitou indevidamente a reclamação de música de Sharp”, conclui. A decisão pode levar a uma longa análise dos tipos de música que poderão ser tocadas no local de trabalho, com repercussões legais possivelmente em jogo. A decisão ocorre enquanto os tribunais de todo o país ainda estão lidando com o uso de letras de rap no tribunal. No outono passado, o congressista democrata de Nova York, Jamaal Bowman, propôs a Lei RAP, que bloquearia o uso de letras de músicas como prova em audiências judiciais.
Em notícias relacionadas, Eminem superou 40 bilhões de streams no Spotify. O número considera todos os créditos do artista no Spotify, como músicas solo e participações. O icônico rapper de Detroit realizou grandes trabalhos solo, e diversos feats com os mais variados artistas da indústria musical, e também não podemos esquecer da sua grande participação no filme “8 Mile”. Além da sua quebra de recorde, o artista é o primeiro dos anos 90 a atingir esse marco e é o 2º rapper mais ouvido na plataforma, atrás de Drake.
