Busta Rhymes acha que Kendrick Lamar e J. Cole são mais respeitados que Drake

Escrito por Fellipe Santos 23/07/2018 às 11:30

Foto: Divulgação
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Busta Rhymes é um OG com muita vida nele, ainda entregando participações incríveis, desde Westside Gunn até Rapsody. Sabemos que Busta é um MC dedicado ao ofício, mas em uma nova entrevista com Stereo Williams para The Daily Beast, parece que Rhymes está confuso sobre o que se qualifica como “substância lirica” e quais artistas merecem ou não GRAMMYs.

“J. Cole está fazendo o trabalho dele. Kendrick fazendo seu trabalho. O rapper pode fazer o seu trabalho. O Gambino está fazendo seu trabalho.”, disse Busta à Williams. “Esses são os caras mais novos. Eles estão fazendo mais do que os caras mais velhos no que diz respeito à música. Eles aqui falando essa merda! Eles filmam os vídeos. Eles estão fazendo essas mensagens falarem muito. Eles estão tendo super sucesso com isso. Kendrick não tem nenhum hit nos clubs – ele levou todos os Grammys para casa. Você pode ouvir Future no club. Você pode ouvir Drake no club. Mas Kendrick levou todos os Grammys para casa. O rapper pode levar todos os Grammys para casa. Gambino. No final do dia, as pessoas respeitam a substância.”.

É claro, as pessoas respeitam a substância, mas a noção de que, se um artista tem uma música que sobe no club, que eles fazem música sem substância, é um absurdo. A música de Future é mergulhada em profundidade. Suas músicas lidam com a mortalidade e a depressão, e o abuso de drogas, que ninguém pode argumentar razoavelmente, são tópicos importantes.

A música de Drake, sempre teve substância por trás, principalmente durante nas eras Take Care e Nothing Was The Same. Para não mencionar, Drake também ganhou três GRAMMYs, que é mais que Childish Gambino (um) e J. Cole (zero). No lado oposto da moeda, Kendrick Lamar tem um seus GRAMMYs, mas seus maiores singles (“HUMBLE.”, “DNA”, “King’s Dead”) estão prontos para os clubs. Busta Rhymes desenhando essas classificações é desnecessariamente divisivo, especialmente quando você leva em conta a relação sempre desajeitada do hip-hop com os GRAMMYs.

Não há regras escritas ou não escritas de que os club bangers devam ser desprovidos de significado, ou que a criação de tal música o desqualifique de qualquer premiação ou da distinção de autoria de música significativa. Ressonância é ressonância, independentemente de acenos para o GRAMMY ou batidas para o club.

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