Lula é capa da conceituada revista Time nos EUA

Longa entrevista do ex-presidente à revista norte-americana destaca o “segundo ato de Lula” e enaltece conquistas dos dois mandatos

A mais nova edição da revista Time publicada nesta quarta-feira (4) traz em sua capa o ex-presidente Lula (PT), definido com o título de que o “presidente mais popular do Brasil” A matéria, assinada pela jornalista Ciara Nugent, diz que este é “o segundo ato de Lula” em referência a sua pré-candidatura a presidente nas eleições de 2022.

“Sou o único candidato com quem as pessoas não devem se preocupar [com a política econômica]. Porque já fui presidente duas vezes. Não discutimos políticas econômicas antes de vencer as eleições. Primeiro, você tem que ganhar as eleições. Você tem que entender que em vez de perguntar o que vou fazer, apenas olhe para o que eu fiz”, declarou.

A reportagem diz que Lula, aos 76 anos, “esperava uma vida mais tranquila longe dos salões do poder”. “A política vive em cada célula do meu corpo, porque eu tenho uma causa. E nos 12 anos desde que deixei o cargo, vejo que todas as políticas que criei para beneficiar os pobres foram destruídas”.

Lula, que lançará oficialmente sua pré-candidatura no dia 7 de maio, promete levar o Brasil de volta aos bons tempos da sua Presidência (2003-2010), que ele encerrou com taxa de aprovação de 83%. Isso implicaria reavivar uma economia debilitada, salvar uma democracia ameaçada e recuperar uma nação marcada pela segunda maior taxa mundial de mortalidade ligada à Covid-19 e por dois anos de gestão caótica da pandemia. Até o momento, as promessas estão surtindo efeito: Lula aparece nas pesquisas com 45% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. Porém, esta diferença está diminuindo”, informa a principal matéria da Time desta semana.

O último brasileiro a estampar a capa da revista Time foi o jogador de futebol Neymar, em 2013. Antes, seis presidentes também foram destaque no periódico: Júlio Prestes (1930), Getúlio Vargas (1940), Café Filho (1954), Juscelino Kubitschek (1956), Jânio Quadros (1961) e Costa e Silva (1967).

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