Mãe pede ajuda para provar inocência de filho levado pela Polícia Militar no Complexo do Alemão

Escrito por Fellipe Santos 06/08/2019 às 11:16

Foto: Divulgação
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Mãe do jovem conta que ele já vinha sendo ameaçado e perseguido por policiais da região.

Na última Terça-Feira (30), Weslley Rodrigues Jacob de 21 anos foi levado para a 21 DP de Bonsucesso por policiais da UPP do Complexo do Alemão. O jovem foi preso enquanto se abrigava em uma loja na rua Joaquim de Queiroz durante uma troca de tiros que acontecia na comunidade.

A mãe do jovem conta que o filho já vinha sendo ameaçado pelo batalhão há alguns meses e que temia que algo pior acontecesse. “Meu filho leva dura da polícia todos os dias na porta de casa e nunca encontraram nada com ele. Meu filho é honrado, nunca me deu problema e é um bom aluno. Estava desempregado e enquanto isso está trabalhando nessa loja de eletrônico, de onde foi levado. Todo mundo na rua sabe que ele é um garoto honesto e que estava sendo perseguido por ser preto, favelado”.

De acordo com testemunhas, Weslley antes de ser detido, foi agredido e ameaçados com uma faca pelos policiais, e teve um rádio transmissor implantado como prova. “Viram os militares achando um rádio no lixo e logo depois entraram na loja onde estava o meu filho. O amigo que trabalha na loja e estava com ele na hora da abordagem disse que obrigaram o Weslley a fazer uma chamada nesse rádio enquanto seguravam uma faca no pescoço do meu filho”.

Ao decorrer da semana, Weslley foi transferido para a Cadeia de Benfica, e logo depois para o presídio de Água Santa, onde está atualmente e aguarda audiência para provar sua inocência.

Durante entrevista prestada para o site “Voz das Comunidades’, a auxiliar de serviços gerais, Alexandrina da Cunha Rodrigues, mãe de Weslley, desabafou sobre a injustiça que estaria ocorrendo com seu filho: . “Meu filho é inocente, como podem fazer isso com ele? Como podem fazer isso com uma mãe? Esses policiais tem filhos? Como eles chegam em casa e conseguem conviver com a família deles sabendo que armaram para prender alguém? Que estão destruindo outra família? Como vai ficar a cabeça do meu filho quando sair de lá? Ele não vai ser o mesmo”

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