D2 refletiu que ‘a favela ainda está morrendo de fome, sem saneamento básico e saúde’.
Antes de subir no Palco Sunset do Rock in Rio com a banda Planet Hemp no último domingo (15), Marcelo D2 concedeu uma coletiva de imprensa e, entre os assuntos abordados, elogiou o show de Travis Scott no festival, mas criticou a ostentação pelas últimas gerações do rap.
“A música, eu acho que ela é meio atemporal, né?! Tem esse movimento que tem hoje em dia, dessa rapaziada mais nova. Gostei muito do show do Travis, achei fod* pra caramba. Acho que tem uma coisa que me incomoda um pouco nessa nova geração, dessa coisa da ostentação. Acho uma armadilha f*dida, sabe qual é?!”, iniciou ele.
Na sequência, o artista refletiu os desafios ainda enfrentados nas periferias. “Acho uma armadilha muito braba, assim, esse papo de que a favela venceu. A favela não venceu, não. A favela ainda tá passando fome, morrendo de fome, sem saneamento básico, sem saúde”, completou.
“Então, a gente ainda tem que lutar muito por isso, tá ligado?! Porque eu ainda acredito muito na coisa que o Emicida falou que, apesar de ser depois da gente, é uma coisa que vem carregando o rap há muitos anos, que a rua é nós, não é eu”, concluiu.
Após a musicista, empresária e apresentadora Pitty, que participou da apresentação do Planet, mencionar a preguiça imposta pela tecnologia, D2 também comentou: “É que, no final, vira tudo música de comercial de iogute. Punk rock foi engolido pelo sistema, rock and roll foi engolido pelo sistema… E o rap não é diferente, né”.
Veja abaixo:
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