A manifestação pelo fim da segregação racial contra a população negra dos Estados Unidos, organizada por Martin Luther King, ultrapassou seis décadas.
Na última segunda-feira (28), completou-se sessenta anos da ‘Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade‘, realizada por Martin Luther King no dia 28 de agosto de 1863. Reunindo mais de duzentos e cinquenta mil pessoas em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, o advogado, pastor, ativista dos direitos humanos e pacifista protagonizou discursos, orações e cantorias pela liberdade, trabalho, justiça social e o fim da segregação racial contra a população negra do país.
A manifestação política programada pelas lideranças de movimento negro dos EUA tomou uma altíssima proporção ao longo do dia, com manifestantes de diversos lugares do país chegando após caminhadas pelas estradas, fazendo com que o governo do presidente John Kennedy entrasse em uma enorme aflição, visto que a aprovação da legislação dos direitos civis estava em andamento.
Apesar disso, os supostos “problemas” esperados não aconteceram. Pelo contrário, uma grande repercussão mundial foi causada em torno da manifestação – que a frase ‘I Have a Dream!‘ (Eu tenho um sonho), de Luther King, entrou para a história da oratória americana – ordenada e civilizada, resultando na maior força política para a aprovação das leis de direitos civis e direito ao voto.
Em meio a discursos, cantorias, apoios e manifestações de líderes civis, políticos, personalidades e artistas, eram encontrados também representantes de sindicatos; congressistas; o Arcebispo de Washington, Cardeal Patrick O’Boyle; Gordon Park; James Baldwin; grandes nomes do cinema, como Marlon Brando; e cantores como Bob Dylan – que, inclusive, foi o último a se apresentar diante o povo, decorrentemente ao discurso de Martin Luther King.
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