Matuê revela acontecimentos sobre a vez que participou de um camping musical na 1Kilo.
Matuê participou do Podpah na última terça-feira (18) e abordou diversos assuntos de sua carreira, revelando diversos detalhes e acontecimentos que não haviam sido falados publicamente antes. Contando sobre a vez em que foi convidado pela 1Kilo para participar de um camping musical realizado pela gravadora no Rio de Janeiro, sendo a sua primeira vez na cidade carioca para trabalhar artisticamente, tendo chegado inclusive no dia em que o grupo alcançava um marco avassalador é inédito no rap nacional, os 3 milhões de inscritos no YouTube.
“Eu fiquei uma semana lá na 1Kilo vendo o movimento e tal. E tipo, eu achava que eu era especial, eles tinham me convidado, enchido minha bola e num sei o que, então achava que tinham me chamado para fazer acontecer… nada, tinha eu e mais trinta manos juntos, tá ligado?! MC de tudo o que é lugar do Brasil, e eu era acostumado a gravar na minha dispensa. Nosso estúdio da 30 cabia três pessoas ombro com ombro, então eu gravava no silêncio, na paz. Eu cheguei lá, mó furdunço, gente fumando cigarro pra caramba, escrevendo pra cima e pra baixo, era outro processo”, contou o rapper.
Já estando focado com a sua própria gravadora 30PRAUM, Matuê alegou que chegou a ser convidado por Pablo Martins para integrar a 1Kilo, e deixou claro que o seu foco era a sua banca. “Tenho maior respeito, sou super grato a essa oportunidade que você está me trazendo e tal, mas o meu foco é esse aqui. Então vamos colaborar de uma forma massa, eu vou entregar um puta som para vocês, é isso que eu posso prometer, e vocês lançam, a gente faz uma collab massa”, respondeu o artista.
Dizendo ter chego a um momento em que o local ficou mais calmo, com menos pessoas, Matuê decidiu então gravar. “Eu tive uma sacada que foi essencial nesse momento, eu levei o laptop do Bernardo, um parceiro que morava no mesmo prédio que nós morávamos, que hoje é o nosso advogado. Ele me emprestou um laptop dele e eu instalei o fruit loops, porque eu não ia saber deixar alguém me gravar, eu ia ficar estranho. Eu de fato não estava confortável, porque os caras eram muito pra frente, já estavam na vivência há muito tempo, e eu, realmente, mais contido, no cantinho, só observando.”
“Chegou esse momento, eu fui lá e gravei duas músicas; De Peça em Peça e uma música ai que foi vazada, pessoal chamou de O Jogo. Feito isso, eu fui lá e falei: ‘Tá aqui, mano, as duas músicas que eu prometi pra vocês. E aí, como vamos fazer?’ E aí os caras ficaram: ‘Como assim, mano?’ E eu falei: ‘Como é que vocês fazem tratativa de música e tal? Vocês registram as músicas? A gente faz uma divisão de royalties?’ Os caras: ‘Não, mano, tá doido… aqui você lança e é isso, a gente que fica com as paradas mesmo e fé”, revelou as conversas tidas.
“Isso, a Clara fazendo essa negociação com o pessoal deles. Ela, tipo assim, ficou chocada, voltou e falou que tínhamos ido lá para nada, ou melhor, não para nada, porque foi uma experiência foda, mas profissionalmente não conseguimos atender o objetivo, e pra mim aquele foi um momento foda, que eu achava que o bagulho ia virar, e eu me contentei que não era, que teria que voltar pra dar aula mas é isso, o certo é o certo, o artista faz a sua música e merece a sua parte da sua criação, é o simples”, completou o rapper.
“Então foi embora com minhas músicas embaixo do braço. E tem outro detalhe, os moleques da 1Kilo mesmo vários quiseram pular na parada, e aí que veio Chris, Knust… a outra música tinha outros manos, também. Esses moleques aí, sem palavras, mó vibe. Os caras foram, colocaram mó verso doido, foi irado”, finalizou o artista elogiando as participações da faixa De Peça em Peça, que, segundo ele, levaram uma interessante e diferenciada sonoridade elevada para o single.
Confira o vídeo completo com o trecho da fala abaixo: