Nike encontra-se em desconexão com os consumidores.
Passando por crise significativa, a Nike divulgou uma previsão pessimista para 2025 no último dia útil do fim do primeiro semestre deste ano, fazendo com que suas ações caíssem em 20% e marcasse a maior queda desde a abertura de capital em 1980.
A maior fabricante de roupas esportivas do mundo encontra-se em desconexão com os consumidores, que demonstram menor interesse nos clássicos tênis como Air Force 1s, Air Jordan 1s e linhas de Dunks.
John Donahoe, CEO da empresa desde janeiro de 2020 e ex-líder do eBay e ServiceNow, vem enfrentando críticas por duas grandes reestruturações que resultaram em centenas de demissões e reorganização em categorias de homens, mulheres e crianças.

No trimestre encerrado em maio, as receitas da marca caíram 2% para US$ 12,6 bilhões (R$ 68,28 bilhões), enquanto as vendas diretas ao consumidor diminuíram 8%.
Apesar da situação, Phil Knight, cofundador e maior acionista da Nike, afirmou em comunicado que acredita nos planos futuros da empresa e expressou total confiança em Donahoe.
O declínio aconteceu diante do término dos confinamentos pela pandemia da covid-19. E
m meio a temporada de beisebol da Major League Baseball, que informou que está trabalhando com a marca para corrigir os problemas, os uniformes fornecidos foram firmemente criticados devido a transparência e má qualidade.
A Nike também viu o cenário decair quando se afastou parceiros de atacado tradicionais, com concorrentes tomando parte do seu espaço.
Diretor da Stifel, Jim Duffy ressaltou que a empresa vem ficando para trás não somente com os jovens, como com os adultos mais velhos, que se encontram explorando um meio que a marca não aproveitou da melhor maneira, os tênis para trabalho e viagens.