Pescador brasileiro é resgatado após 11 dias à deriva a bordo de um freezer no Suriname

O pescador de 44 anos ficou à deriva após o barco em que estava naufragar; ele foi resgatado em águas do Suriname.

Um pescador brasileiro passou 11 dias à deriva a bordo de um freezer no meio do Oceano Atlântico após o barco em que estava naufragar. Romualdo Macedo Rodrigues saiu do porto de Oiapoque, Amapá, no início de agosto, e foi encontrado boiando no eletrodoméstico já no Suriname, onde ele foi detido na capital, Paramaribo, por 16 dias por estar sem documentos.

Em entrevista à TV Record no último domingo (28), Romualdo explicou que teve a ideia de subir na geladeira após ver o seu barco começar a naufragar. Ele saiu do Brasil para passar três dias pescando. Apesar de ter conseguido os peixes, o barco apresentava rachaduras e a água não parava de entrar.

 

foto pescador
“Comecei a secar, mas no outro dia não tinha mais jeito e foi para o fundo mesmo”, contou ele à emissora. O que ele tinha mais próximo era um freezer e, após testar se o objeto boiava na água, Romualdo decidiu usá-lo. “Quando eu vi que não tinha jeito, eu peguei o freezer e fui embora”. Sem saber nadar, o pescador permaneceu dentro do eletrodoméstico por onze dias. “Aí começou a entrar água dentro do freezer. E eu secava com a minha mão. Eu comecei a me desesperar”, conta ele.

Ele permaneceu no interior do refrigerador por 11 dias. Durante esse período, ficou sem acesso à água e à comida. Estima-se que ele ficou à deriva a cerca de 400 km da costa. Em alto mar, o pescador também enfrentava outro medo: o de tubarões.

“Eu pensava que ia ser atacado pelos tubarões porque em alto mar tem muito peixe curioso.” O resgate ocorreu no dia 11 de agosto. Um grupo de pescadores avistou a geladeira boiando no mar e decidiu se aproximar. “Eu ouvi um barulho e tinha um barco em cima do freezer. Só que eles achavam que não tinha ninguém lá. Aí eles foram encostando devagar, minha vista já estava se apagando, aí eu falei: ‘Meu Deus, o barco’. Levantei meus braços e pedi socorro.”, disse.

O delegado Luís Carlos Porto, da Polícia Federal, foi o responsável por acompanhá-lo após a extradição para o Brasil. Durante o período de detenção, Romualdo só podia receber visitas das autoridades brasileiras. À TV, o agente contou que Romualdo ainda estava debilitado na cela.

“Ele estava bastante magro, debilitado, mas com uma consciência muito boa. As feridas que tinha pelo corpo, que eram relacionadas ao sol, já estavam bem melhor. Ele diz que teve problemas na visão por conta do calor excessivo, sal e luminosidade, mas ele estava em uma aparência muito tranquila e com uma boa saúde”, falou..

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