Projota conta momento marcante com Chorão dias antes da morte do cantor

Escrito por Fellipe Santos 03/05/2019 às 14:30

Foto: Divulgação
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Sair de casa, alugar um apê, continuar ajudando a ‘véia’ e comprar um celtinha. Essa é a definição de sucesso para Projota, no primeiro áudio do Faixa a Faixa Deezer sobre a música ‘Celta Vermelho’. Na verdade essa é a definição do “sonho brasileiro”, um pouquinho mais abaixo do sonho americano, como brinca o rapper.

Na segunda música, ‘Perto do Céu’, o artista conta que chorou fervorosamente quando a escreveu. O motivo? Charlie Brown Junior. Projota conta o dia emocionante que ele conheceu Chorão, o cantor estava andando de skate no parque Ibirapuera dez dias antes de seu falecimento. Eles conversaram e se abraçaram como se fossem amigos de uma vida inteira, trocaram telefone e estavam até combinando de gravar uma música, quando aconteceu o que aconteceu.

“Eu encontrei com ele sem querer no ibirapuera e o cara me abraçou mano, parecia que a gente se conhecia a vida inteira, uma amizade antiga. E aí ele falou pra mim que uma música minha, chamada ‘Chuva de Novembro’ tinha tirado ele da depressão, que essa música tinha feito ele pensar ‘porra, eu que tinha que ter escrito essa música’, e tinha feito ele sentir mais vontade de escrever […] Se eu vou fazer um Tributo aos Sonhadores, esse é um dos principais sonhadores que eu conheci, que me ensinou a sonhar e que me ensinou a ser sonhador também. A arte dele me falava que valia a pena sonhar. Ele tinha que ser homenageado neste disco e tá aí.”

Nesta edição do Faixa a Faixa, conteúdo original da Deezer, em que os artistas contam curiosidades sobre todas as música de seu álbum, Projota conta todos os segredos e inspirações por trás de todas as músicas de ‘Tributo aos Sonhadores part. 1’. Com oito músicas totalmente inéditas sempre reflexivas – para o bem ou para o mal.

Todo mundo já ouviu alguma vez na vida que não vale a pena acreditar no amor, que não existe mais esse negócio de fidelidade e casamento. Como todo bom sonhador, Projota acreditava que um dia iria dar certo – e deu, hoje está até casado. ‘Sei Lá’ fala sobre tudo isso. O cantor brinca que até quando ele não quis fazer uma música pra pessoa amada, ele fez.

Por fim, ‘Mais uma Briga no Bar’, a preferida do Projota “fazia tempo que eu não gostava tanto de um rap”. Essa música fala de depressão, de crises existenciais, psicológicas, sociais… É um pouco da fase da depressão que o mundo está passando e que o próprio cantor já passou. De acordo com Projota, “São raras excessões de algum mano e mina que cresceu na periferia que não tem um amigo que morreu na porta de um bar […] quando eu falo ‘Mais uma Briga no Bar’ pra mim resume muita coisa, tá ligado, resume minha cabeça, minha vida, minha quebrada, meu país”.

Até poderíamos falar no que a ‘Disco Voador’, ‘Dejavu’, ‘Numa Esquina do Universo’ e ‘Fora da Lei’ foram inspiradas, ou mais detalhes das outras músicas do álbum, mas se você está louco para saber todas as histórias por trás de ‘Tributo aos Sonhadores’ ouça tudo o que o Projota tem pra contar no Faixa a Faixa da Deezer.

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