Hoje (31) o rapper Nipsey Hussle foi assassinado em frente a sua loja depois de receber seis tiros e um deles atingir fatalmente  sua cabeça. O artista de 33 anos estava vivendo um momento bom em sua carreira tendo seu álbum de estréia indicado ao Grammy e ganhando atenção de grandes nomes na indústria. Apesar de ser considerado um dos grandes nomes, poucos fãs brasileiros conhecem um pouco da carreira do rapper, que sempre foi ligado ao seu bairro.

Nipsey cresceu no que ele chama de “a pior casa no melhor quarteirão”, cortando grama e brilhando sapatos para ganhar dinheiro extra quando criança, antes de entrar em gangues locais. Felizmente, seus modelos musicais também eram empreendedores, oferecendo uma saída para um caminho sem saída.

Dr. Dre, da vizinha Compton, transformou a Death Row Records em uma das marcas mais influentes da história do hip-hop antes de mudar o foco para sua linha de fones de ouvido. Observando Dre de perto e magnatas como Jay-Z e Diddy de longe, deu a Nipsey “o projeto do que poderia ser feito com a plataforma de ser um artista de rap de sucesso”, diz ele.

Nipsey começou a lançar mixtapes em 2005; Em uma de suas primeiras canções, Hussle In The House , ele fez questão de incluir algumas lições financeiras por conta própria. “Em linha reta fora do bloco, eu vendi drogas para comprar mantimentos”, ele rimou. “Agora é dinheiro do rap, sem adiantamento, são todos os royalties.” Nipsey também profeticamente deu uma olhada em sua futura estratégia da Zona de Oportunidade: “Pague impostos para esses cantos e coloque no trabalho, é uma política”.

Para seu primeiro videoclipe, ele queria fazer algo que representasse sua cidade natal e oferecesse um caminho para ganhos além da música. Folheando um antigo anuário, ele notou uma foto da lenda local Darryl Strawberry em uma camiseta de beisebol vintage da Crenshaw High School.  Nipsey encomendou um lote de camisas azuis e amarelas com a inscrição “Crenshaw” na frente para usar nas filmagens. quando o vídeo acabou na MTV, dezenas de pessoas começaram a perguntar sobre “Crenshaw Clothing” e diversos produtos foram vendidos.

Nipsey também flertou com as grandes gravadoras, assinou com a Epic, mas saiu em 2010 – com seu catálogo intacto – depois de uma mudança de gestão, deixou seu álbum de estréia oficial no limbo. Enquanto continuava sua prolífica produção de mixtape, ele ficou obcecado com a noção de moeda social, levando ao lançamento de sua mixtape de US $ 100 em 2013.

“Acredito que a economia é baseada na escassez de mercados”, disse ele à Forbes na época. “E é possível monetizar sua arte sem comprometer a integridade dela para o comércio”.

Enquanto isso, Nipsey continuava a distribuir outras mixtapes para saciar seus fãs, que por sua vez o apoiavam comprando ingressos para shows e merchandise. Ele recusou novos acordos porque todos os selos pareciam querer um pedaço de seu crescente negócio.

Ele não precisava do dinheiro, graças à sua renda acessória e ao seu catálogo TuneCore, que lhe rendia verificações mensais de royalties nos seis dígitos. Depois de alguns anos, porém, Nipsey acumulou uma boa quantidade de alavancagem. Ele decidiu fazer um acordo com a Atlantic que lhe permitisse fazer o Victory Lap , sua estréia oficial em grandes gravadoras.

“É uma parceria. (…) Apertei a mão e disse que não daria todos os detalhes, mas estamos compartilhando tudo: lucro, mestres ”, diz ele. “Eu estava me segurando por muito tempo por esses termos.”

Indicado para o Melhor Álbum de Rap no Grammy Awards deste ano, o disco combinou seu status socioeconômico em rápida melhora com uma longa mensagem de responsabilidade fiscal. Em um verso, ele falou sobre Benzes e Bentleys – e elogiou suas contas ao lado do “seguro de vida de milhões de dólares em minha carne”.

O rapper deixa para trás uma filha e um grande legado no hip hop, como disse o rapper Diomedes Chinaski, hoje ele descansa do lado de Tupac e BIG. #RipNipseyHussle

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