Raffa Moreira revela bastidores da última edição do REP Festival

Escrito por Rodrigo Costa 27/02/2023 às 20:00

Foto: Divulgação
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Apesar das intensas e diversas críticas feitas por grande parte do público, produções e artistas do evento, Raffa Moreira opinou construtivamente

O REP Festival 2023 foi altamente problemático e lamentado pela própria organização e criadores do evento, que admitiram os lamentáveis ocorridos iniciados a partir da troca de local, da Barra da Tijuca para Guaratiba, ambos bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, com 28 quilômetros de distância. O festival foi marcado por fortes chuvas, despreparo estrutural e falta de empatia pelo público presente, que teve que esperar por mais de quatro horas para, enfim, a primeira atração.

“Vou falar uma fita sobre o REP Festival aqui para vocês. No backstage, a produção do evento estava 100% solicita aos artistas, papo reto. Camarim estava bem montado, tinha fruta, sanduíche, pizza, macarrão com molho branco e molho vermelho, suco, vodka, whisky, gin, refrigerante, red bull… tinha tudo. Foi o camarim mais completo que já colei. Como estou na música há quase vinte anos, já fiz todos os tipos de evento, desde boteco à festivais; fiquei com dó da produção do evento porque o único problema foi a chuva, entende? O local parecia ser apropriado para um festival, só que a chuva fodeu com tudo”, iniciou Raffa Moreira através de seu perfil no Facebook.

Entrevista com Raffa Moreira, a nova sensação do rap brasileiro, que se apresenta em Porto Alegre neste sábado – Jornal no Palco

“Subi no palco de chinelo e coloquei meu Jordan só na hora de cantar mesmo. Quero pedir perdão para o meu público aqui. O fator chuva foi determinante para os problemas do evento. Como não tinha gente de um lado do palco, não consegui me concentrar direito e não fiz o show que queria fazer. De um lado tinha alguns fãs de trap me assistindo, e o outro vazio. Os comentários sobre o evento durante o dia fizeram eu e minha equipe chegarmos já meio inseguros. Prometo para os meus parceiros do Rio de Janeiro que em breve estou por aí com vocês de novo dando para vocês o que merecem. Em breve meu novo álbum Beleza Exótica”, finalizou o artista.

O festival marcou-se pela irresponsabilidade diante de todas as controvérsias fatais apresentadas. A organização sabia sete meses antes que não teria a autorização do governo municipal para a realização no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, tendo feito o primeiro pedido em maio de 2022. Cerca de um mês depois, foi negado. Em janeiro deste ano, uma nova solicitação foi realizada e novamente recusada.

Para Guaratiba, o pedido foi feito em 26 de janeiro e informado a mudança ao público dez dias antes da data em que o evento seria realizado. Um dia antes, não se tinha a autorização do Corpo de Bombeiros, mas, à noite, foi recebida. Os apreciadores e atuadores tiveram que lidar com lamaçal, cobras, difícil acesso e fraco guiamento dos trabalhadores, que, sem auxílio maioral, pouco sabiam do que estavam lidando. O segundo dia de festival foi cancelado pela produção.

Confira o relato na íntegra:

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